Marcopolo vai substituir aço por um dos materiais mais duros e resistentes conhecidos: o grafeno

O novo material é um dos melhores em condução térmica, além de ser ultra flexível e impermeável

Por Roberta Souza - Click Petróleo e Gás

Reconhecendo o poder do novo material, a Marcopolo, que é multinacional brasileira de carrocerias de ônibus, não poderia deixar a oportunidade passar. Então, a sua controlada Apolo Tecnologia em Polímeros começou a criar uma unidade para injetar componentes automotivos com resinas acrescidas de masterbatch de grafeno, após três anos de pesquisa na área.O grafeno é um nanomaterial que constitui uma das formas cristalinas do carbono e já disponível no Brasil. Ele está entre os melhores em condução térmica e é um dos materiais mais resistentes e duros conhecidos. As propriedades ópticas do grafeno garantem a passagem de quase 98% da luz incidente, além de ser ultra flexível e impermeável.



Reconhecendo o poder do novo material, a Marcopolo, que é multinacional brasileira de carrocerias de ônibus, não poderia deixar a oportunidade passar. Então, a sua controlada Apolo Tecnologia em Polímeros começou a criar uma unidade para injetar componentes automotivos com resinas acrescidas de masterbatch de grafeno, após três anos de pesquisa na área.

André de Castilhos disse em entrevista ao Plásticos em Revista: “A Apolo é uma empresa pertencente à Marcopolo S.A. desde 2014. Fazemos injeção polimérica para todos os projetos da encarroçadora e temos como vantagens a competitividade com fornecedores atuais com custos menores e o desenvolvimento tecnológico acompanhando a performance mundial.”

“Atuamos na fabricação de alguns componentes utilizados na produção dos veículos fabricados pela Marcopolo, Volare e Neobus. Do ponto de vista estratégico, entendemos que essa manufatura nos ajudam na celeridade das ações internas”, afirma Castilhos.

“A Apolo tem expertise mercadológica de oito anos focada no processo de injeção. Atua com todas as resinas de engenharia do mercado. Teremos máquinas híbridas (injeção elétrica com fechamento mecânico) com capacidade de injeção de 100 a 1.350 toneladas e capacidade produtiva é superior a 300 t/mês de peças injetadas (plastificações)”, conclui.

É importante lembrar que a Apolo já existia e atuava na fabricação de peças de plásticos. Segundo Castilhos, ocorrerá somente a mudança de local e a inserção no mix de novos itens fabricados. A companhia seguirá com fornecedores locais que auxiliam na logística para a produção de componentes para os veículos Marcopolo. A Apolo continuará fornecendo as peças atuais e novos desenvolvimentos que surgirem para a companhia.

Entretanto, Castilhos afirma que Apolo desenvolve produtos tanto para a Marcopolo como para novos clientes, já que a empresa é dedicada a pesquisas de soluções envolvendo polímeros. Ela tem capacidade para atender às demandas da companhia e de outras indústrias que investem na moldagem avançada de peças poliméricas e em produtos com grafeno para substituir contratipos de aço. Portanto, entende-se que o trabalho com grafeno não será exclusivo para a Marcopolo.

Fonte: Click Petróleo e Gás