“Infelizmente quem não tem culpa de nada é que paga pelo preço alto”
Por Jornal a Entrevista
A onda de violência que atinge todo o estado do Rio Grande do Norte desde o dia 14 de março tem afetado a toda a população. São ações orquestradas por uma facção e que estão causando terror nas ruas de diversas cidades, com incêndios, tiros contra prédios públicos, veículos, comércios e casas. Era madrugada de quarta-feira (15 de março), quando a vítima da vez foi um empresário, dono de uma empresa de turismo e que tinha quatro ônibus.
Todos os dias José Cardoso Sobrinho, 56 anos, guardava seus veículos em uma garagem localizada no bairro Vale Dourado, zona norte da capital Natal (RN), só que não contava que fosse pego de surpresa ao receber a notícia de que seus 4 e únicos ônibus que tinha, foram totalmente incendiados. Confira uma entrevista com José, nesse bate-papo com o JORNAL A ENTREVISTA, em parceria com o site Busão de Natal.
Como o senhor ficou sabendo que seus ônibus estavam sendo queimados? Quem te avisou e qual foi a sua primeira reação?
Eu não estava mais na garagem, pois deixo os ônibus lá por volta das 19h. Quando deu meia-noite e meia, uma outra pessoa que tem ônibus aqui ligou pra mim e disse que meus ônibus estavam sendo queimados. Fiquei desesperado e corri pra garagem. Quando cheguei na garagem, vi meus ônibus pegando fogo e infelizmente não tive como salvar nenhum. Em poucos minutos perdi todas minhas conquistas de 22 anos.
Há quanto tempo o senhor tinha esses veículos? O senhor comprou um de cada vez ou os 4 de uma só vez?
Há 22 anos. Fui comprando um de cada vez e só tinha esses quatro veículos.
O senhor não tinha seguro nos veículos?
Não tinha, até porque as seguradoras aqui não cobrem incêndio. O seguro que eu tinha aqui era para os passageiros, até porque é obrigado a ter seguro para passageiros.
Quais medidas o senhor tem feito para conseguir voltar a trabalhar?
Ainda não voltei a trabalhar. O que estou fazendo para me sustentar e estou fazendo é vender o que sobrou no ferro velho. Vendi só a sucata a preço de ferro velho para poder pegar esse dinheiro para poder resolver o problema do pessoal que trabalhava comigo aqui, pois está tudo parado e eu consegui segurar por pelo menos uns 15 dias a 1 mês. Para se ter uma ideia, vendi ao ferro velho e consegui resgatar R$ 20 mil, e esses ônibus valem juntos R$ 500 mil.
O senhor tinha quantos funcionários?
Tinha eu e mais três motoristas, além de mais quatro funcionários na garagem, que eram mecânico, auxiliar de limpeza, etc.
O senhor pensou na possibilidade de largar essa área de transportes e viagens de turismo para outro ramo por conta desse incidente?
Não penso em desistir não, vou ver o que vai acontecer daqui pra frente, se o governo vai ressarcir, não sei como funciona essa briga, não entendo disso. Isso era coisa de se resolver rápido, mas a nossa justiça é assim. Por enquanto só penso em resolver esse problema no ferro velho. Não sei se o povo vai me ajudar com isso.
Quem quiser ajudar o senhor, como pode ser feito?
Criamos uma vaquinha on-line. Pix 015.899.904-55 - Thayane Costa Cardoso (nome da minha filha)- Banco Inter.
Assim como o senhor foi vítima dessa barbárie, infelizmente outros empresários no RN sofreram e sofrem consequências dos atos criminosos que atingem todo o Estado. O que o senhor pode dizer de incentivo a esses seus colegas e amigos de profissão, que também são vítimas da violência?
Tenham coragem, não desistam e sigam em frente. É muito difícil pra todo mundo, pois vários empresários foram atingidos por essa onda de violência desenfreada e sem controle. Infelizmente quem não tem culpa de nada é que paga pelo preço alto. Mas vamos erguer a cabeça. Eu fui muito atingido, pois perdi todos os 4 carros que eu tinha, pois se fossem dois, pelo menos eu tinha outros dois pra continuar trabalhando. Pra mim isso foi muito doloroso.
O senhor tem pista de quem pode ter feito isso?
Não tenho a mínima ideia. O muro daqui é alto e eles sequer entraram na garagem. Só jogaram fogo e fugiram.
Se o senhor tivesse a oportunidade de encontrar os criminosos que fizeram isso com seus veículos, o que diria a eles?
Eu não quero me encontrar com esse povo não. Dizer o que? A justiça que resolva isso. É pedir a Deus para conseguir recomeçar.
Qual mensagem o senhor deixa à população do RN, que também é vítima da violência e é tomada pelo medo e sensação de insegurança?
As autoridades tem que resolver isso logo, acabar com essa violência em nosso estado. O povo não merece isso.
A onda de violência que atinge todo o estado do Rio Grande do Norte desde o dia 14 de março tem afetado a toda a população. São ações orquestradas por uma facção e que estão causando terror nas ruas de diversas cidades, com incêndios, tiros contra prédios públicos, veículos, comércios e casas. Era madrugada de quarta-feira (15 de março), quando a vítima da vez foi um empresário, dono de uma empresa de turismo e que tinha quatro ônibus.
Todos os dias José Cardoso Sobrinho, 56 anos, guardava seus veículos em uma garagem localizada no bairro Vale Dourado, zona norte da capital Natal (RN), só que não contava que fosse pego de surpresa ao receber a notícia de que seus 4 e únicos ônibus que tinha, foram totalmente incendiados. Confira uma entrevista com José, nesse bate-papo com o JORNAL A ENTREVISTA, em parceria com o site Busão de Natal.
Como o senhor ficou sabendo que seus ônibus estavam sendo queimados? Quem te avisou e qual foi a sua primeira reação?
Eu não estava mais na garagem, pois deixo os ônibus lá por volta das 19h. Quando deu meia-noite e meia, uma outra pessoa que tem ônibus aqui ligou pra mim e disse que meus ônibus estavam sendo queimados. Fiquei desesperado e corri pra garagem. Quando cheguei na garagem, vi meus ônibus pegando fogo e infelizmente não tive como salvar nenhum. Em poucos minutos perdi todas minhas conquistas de 22 anos.
Há quanto tempo o senhor tinha esses veículos? O senhor comprou um de cada vez ou os 4 de uma só vez?
Há 22 anos. Fui comprando um de cada vez e só tinha esses quatro veículos.
O senhor não tinha seguro nos veículos?
Não tinha, até porque as seguradoras aqui não cobrem incêndio. O seguro que eu tinha aqui era para os passageiros, até porque é obrigado a ter seguro para passageiros.
Quais medidas o senhor tem feito para conseguir voltar a trabalhar?
Ainda não voltei a trabalhar. O que estou fazendo para me sustentar e estou fazendo é vender o que sobrou no ferro velho. Vendi só a sucata a preço de ferro velho para poder pegar esse dinheiro para poder resolver o problema do pessoal que trabalhava comigo aqui, pois está tudo parado e eu consegui segurar por pelo menos uns 15 dias a 1 mês. Para se ter uma ideia, vendi ao ferro velho e consegui resgatar R$ 20 mil, e esses ônibus valem juntos R$ 500 mil.
O senhor tinha quantos funcionários?
Tinha eu e mais três motoristas, além de mais quatro funcionários na garagem, que eram mecânico, auxiliar de limpeza, etc.
O senhor pensou na possibilidade de largar essa área de transportes e viagens de turismo para outro ramo por conta desse incidente?
Não penso em desistir não, vou ver o que vai acontecer daqui pra frente, se o governo vai ressarcir, não sei como funciona essa briga, não entendo disso. Isso era coisa de se resolver rápido, mas a nossa justiça é assim. Por enquanto só penso em resolver esse problema no ferro velho. Não sei se o povo vai me ajudar com isso.
Quem quiser ajudar o senhor, como pode ser feito?
Criamos uma vaquinha on-line. Pix 015.899.904-55 - Thayane Costa Cardoso (nome da minha filha)- Banco Inter.
Assim como o senhor foi vítima dessa barbárie, infelizmente outros empresários no RN sofreram e sofrem consequências dos atos criminosos que atingem todo o Estado. O que o senhor pode dizer de incentivo a esses seus colegas e amigos de profissão, que também são vítimas da violência?
Tenham coragem, não desistam e sigam em frente. É muito difícil pra todo mundo, pois vários empresários foram atingidos por essa onda de violência desenfreada e sem controle. Infelizmente quem não tem culpa de nada é que paga pelo preço alto. Mas vamos erguer a cabeça. Eu fui muito atingido, pois perdi todos os 4 carros que eu tinha, pois se fossem dois, pelo menos eu tinha outros dois pra continuar trabalhando. Pra mim isso foi muito doloroso.
O senhor tem pista de quem pode ter feito isso?
Não tenho a mínima ideia. O muro daqui é alto e eles sequer entraram na garagem. Só jogaram fogo e fugiram.
Se o senhor tivesse a oportunidade de encontrar os criminosos que fizeram isso com seus veículos, o que diria a eles?
Eu não quero me encontrar com esse povo não. Dizer o que? A justiça que resolva isso. É pedir a Deus para conseguir recomeçar.
Qual mensagem o senhor deixa à população do RN, que também é vítima da violência e é tomada pelo medo e sensação de insegurança?
As autoridades tem que resolver isso logo, acabar com essa violência em nosso estado. O povo não merece isso.
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