Marcopolo usará Grafeno para reduzir peso e aumentar resistência em ônibus
Área de Engenharia da empresa está em fase avançada de pesquisas e estudos
A Marcopolo pretende, até o final deste ano, iniciar testes com a aplicação do grafeno em novos componentes de ônibus. O objetivo é reduzir o peso total do veículo e ampliar e garantir a resistência estrutural, como a possibilidade de utilização e introdução em veículos de motorização 100% elétrica ou híbrida que está ocorrendo na indústria automobilística mundial.
De acordo com Luciano Resner, diretor de Engenharia da Marcopolo, o programa está em fase de estudos de engenharia e o plano é concluir o desenvolvimento e iniciar testes até o final deste ano. “Firmamos, no ano passado, uma parceria com a UCS, Universidade de Caxias do Sul, para o desenvolvimento do material e produção local em escala industrial. Iniciamos os estudos de caracterização, uma das principais etapas, pois permitirá determinar qual a quantidade ideal de grafeno na composição do material que relaciona diretamente com a resistência mecânica desejada para cada subsistema do nosso produto. São testes de ensaios químicos, térmicos e mecânicos, além de testes acelerado de durabilidade em dispositivos que garantem a durabilidade e confiabilidade do produto, representando as condições de utilização de nossos clientes”, analisa Resner.
Segundo ele, a companhia vem realizando estudos e pesquisas com o grafeno, também associado ao aço e a diferentes polímeros que poderão resultar em grande ganho de peso. “Nossos trabalhos mostram que a liga com grafeno e aço proporciona redução de peso e melhoria das características mecânicas. Estamos desenvolvendo a sua aplicação na pintura, com a adição do grafeno em tintas para reduzir camadas, diminuindo custos e melhorando as características contra a corrosão”, destaca o executivo.
Entre os desenvolvimentos mais avançados, a Marcopolo está trabalhando também em peças poliméricas, avaliando a substituição de componentes metálicas por polímeros com a adição do grafeno. como suportes, em materiais de acabamento, como a estrutura do porta-pacotes e descansa-pernas, e em alguns componentes estruturais, como poltronas. “Deveremos iniciar testes no campo de provas ainda no segundo semestre deste ano, para apresentar novidades no mercado em 2021”, conclui Resner.
Um dos grandes desafios da indústria automobilística mundial está na contínua redução de peso e elevação da resistência dos componentes e dos veículos como um todo. O outro é a redução no uso de combustíveis fósseis e nas emissões. Com a crescente adoção da tecnologia de motorização elétrica e elevado peso das baterias, os fabricantes têm como meta desenvolver veículos mais leves e, ao mesmo tempo, robustos.
O grafeno é o material mais leve e forte do mundo, sendo 200 vezes mais resistente do que o aço e superando até o diamante. Também é o material mais fino que existe, com espessura de um átomo, ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo. Maleável, resistente ao impacto e à flexão, é excelente condutor térmico e elétrico.
Isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, em pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2010, uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa 0,0077 gramas e é capaz de suportar cargas de até quatro quilos.
Fonte: Marcopolo
A Marcopolo pretende, até o final deste ano, iniciar testes com a aplicação do grafeno em novos componentes de ônibus. O objetivo é reduzir o peso total do veículo e ampliar e garantir a resistência estrutural, como a possibilidade de utilização e introdução em veículos de motorização 100% elétrica ou híbrida que está ocorrendo na indústria automobilística mundial.
Crédito da imagem: Julio Soares |
De acordo com Luciano Resner, diretor de Engenharia da Marcopolo, o programa está em fase de estudos de engenharia e o plano é concluir o desenvolvimento e iniciar testes até o final deste ano. “Firmamos, no ano passado, uma parceria com a UCS, Universidade de Caxias do Sul, para o desenvolvimento do material e produção local em escala industrial. Iniciamos os estudos de caracterização, uma das principais etapas, pois permitirá determinar qual a quantidade ideal de grafeno na composição do material que relaciona diretamente com a resistência mecânica desejada para cada subsistema do nosso produto. São testes de ensaios químicos, térmicos e mecânicos, além de testes acelerado de durabilidade em dispositivos que garantem a durabilidade e confiabilidade do produto, representando as condições de utilização de nossos clientes”, analisa Resner.
Segundo ele, a companhia vem realizando estudos e pesquisas com o grafeno, também associado ao aço e a diferentes polímeros que poderão resultar em grande ganho de peso. “Nossos trabalhos mostram que a liga com grafeno e aço proporciona redução de peso e melhoria das características mecânicas. Estamos desenvolvendo a sua aplicação na pintura, com a adição do grafeno em tintas para reduzir camadas, diminuindo custos e melhorando as características contra a corrosão”, destaca o executivo.
Entre os desenvolvimentos mais avançados, a Marcopolo está trabalhando também em peças poliméricas, avaliando a substituição de componentes metálicas por polímeros com a adição do grafeno. como suportes, em materiais de acabamento, como a estrutura do porta-pacotes e descansa-pernas, e em alguns componentes estruturais, como poltronas. “Deveremos iniciar testes no campo de provas ainda no segundo semestre deste ano, para apresentar novidades no mercado em 2021”, conclui Resner.
Leveza e resistência superiores
Um dos grandes desafios da indústria automobilística mundial está na contínua redução de peso e elevação da resistência dos componentes e dos veículos como um todo. O outro é a redução no uso de combustíveis fósseis e nas emissões. Com a crescente adoção da tecnologia de motorização elétrica e elevado peso das baterias, os fabricantes têm como meta desenvolver veículos mais leves e, ao mesmo tempo, robustos.
O grafeno é o material mais leve e forte do mundo, sendo 200 vezes mais resistente do que o aço e superando até o diamante. Também é o material mais fino que existe, com espessura de um átomo, ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo. Maleável, resistente ao impacto e à flexão, é excelente condutor térmico e elétrico.
Isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, em pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física em 2010, uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa 0,0077 gramas e é capaz de suportar cargas de até quatro quilos.
Fonte: Marcopolo
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