Assim como empresas associadas ao SETURN, Metrô de São Paulo vai aderir ao laço do autismo
Iniciativa de mãe potiguar leva laço com quebra-cabeça ao sistema de metrô da maior cidade da América Latina
O estudante Alberto Barbalho é autista e utilizou o assento preferencial no metrô da capital paulista. |
Rochele contou que estava dentro do metrô com o marido e Alberto - que portava um crachá com o símbolo do autismo, além do ‘cordão de girassol’ (criado para ser usado por quem possui deficiência oculta, tendo em vista o bem-estar e a segurança dessas pessoas), quando um passageiro idoso entrou no metrô e abordou o jovem, pedindo que ele se retirasse do assento. O que o homem não sabia, é que Alberto usufruía do direito ao assento garantido pela Lei Federal nº 12.764/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. “Eu e o meu marido explicamos ao passageiro sobre o autismo e também do direito destes ao assento preferencial”, informou Rochele que percebeu que a necessidade de estimular o Metrô de São Paulo a disseminar o conhecimento sobre o assento preferencial no transporte público para os autistas na maior cidade da América Latina.
O laço do autismo está na Lei - na capital do RN, os ônibus atendem à lei municipal nº 6.748/ 2017, que obriga os estabelecimentos públicos e privados no Município do Natal a inserir nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo. Além disso, o SETURN dissemina informações educativas a fim de informar os passageiros acerca desse direito adquirido.
No retorno à Natal, a mãe de Alberto enviou um e-mail ao Metrô de São Paulo, relatando a experiência vivida pela família, citando a Lei nº 12.764 e sugerindo a sinalização por meio de campanhas informativas e o uso do laço com quebra-cabeça nos metrôs paulistanos. A fita colorida tem função educativa para o público e traz segurança para o autista, além de poupar constrangimentos indevidos a essas pessoas, como foi no caso enfrentado pela família.
A expectativa de Rochele era que a fita fosse inserida em toda a sinalização do uso preferencial, tal como ocorre em Natal. “É importante o reconhecimento do SETURN sobre o autismo como deficiência, para assim garantir o direito das pessoas com o TEA. A percepção das mães que andam de ônibus foi imediata.”, relatou a mãe de Alberto acerca da sinalização sobre o autismo no transporte público coletivo da capital.
Alberto e Rochele durante viagem de férias pelo estado de São Paulo. |
Metrô de São Paulo vai aderir ao laço com quebra-cabeça - no dia 3 de janeiro, veio a notícia que era aguardada com esperança: o Metrô de São Paulo, por meio do Serviço Estadual de Informações ao Cidadão (SIC/SP), enviou um e-mail à Rochele, informando que providenciará a substituição de toda a sua comunicação visual de uso preferencial visando a inclusão do “laço com o quebra-cabeça”. A mãe de Alberto comemorou e divulgou a notícia para os grupos de familiares e também nas redes sociais que militam em prol dos autistas. “Vale a pena reclamar, exigir, espernear!”, escreveu Rochele em mensagem enviada aos grupos. “Quanto mais esse laço constar nos locais, mais pessoas vão saber e conhecer”. A vitória deu ânimo para que a luta pelo laço colorido continue. “Muitas lojas em Natal ainda não tem o laço. Quando mais pessoas reclamarem seus direitos maior conscientização. É uma luta incansável e diária”, destacou Rochele.
Um olhar para incluir e cuidar - para ampliar o acesso a mais conhecimentos sobre o TEA, o SETURN e o NatalCard incluíram o tema do Dia do Orgulho Autista, celebrado em junho, no Calendário 2020, com informações de utilidade pública sobre o autismo. Assim como outras temáticas, o autismo será promovido em ações de responsabilidade social desenvolvidas ao longo do ano pelo SETURN e o NatalCard.
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