Crise: Com medo de perder emprego, trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo fazem greve de 24 horas
Funcionários se dizem inseguros com posicionamento da empresa sobre PPE
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Metalúrgicos da planta da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a principal da marca no Brasil, decidiram na manhã desta quarta-feira 4 de maio de 2016, paralisar as atividades por 24 horas.
Eles temem perder os empregos.
De acordo com nota do Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores passaram a se sentir inseguros após o presidente da montadora, Phillipp Schiemer, ter dito na semana passada que o PPE – Programa de Proteção ao Emprego não teve os resultados esperados.
No caso da Mercedes-Benz, o PPE, programa emergencial criado pelo Governo Federal por causa da crise, tem permitido 20% de redução de jornada de trabalho e de salários. A metade deste percentual dos salários é coberta pelo FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Desta forma, na prática, a redução salarial é de 10%.
Dos atuais 9,8 mil trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, em torno de 8 mil estão sob regime de PPE.
“A paralisação de hoje [quarta] é um recado à direção da Mercedes. O presidente da montadora afirmou, na semana passada, que o PPE se esgotou e há um excedente de dois mil trabalhadores. Queremos deixar claro que queremos negociar uma solução conjunta, mas não aceitaremos demissões”, disse em nota, o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.
A Mercedes-Benz confirmou a paralisação na planta que produz motores, câmbios, eixos, caminhões e chassis de ônibus e micro-ônibus.
A empresa, no entanto, não confirmou a possibilidade de não renovar os contratos de trabalho por meio do programa.
A adesão ao PPE, criação de Programa de Demissão Voluntária e ajustes nas escalas de trabalho foram algumas das alternativas encontradas pela Mercedes-Benz, que lidera o mercado de comerciais, diante da redução da demanda por vans, caminhões e ônibus por causa da crise econômica.
Na semana passada, o presidente da montadora no Brasil afirmou, em evento de 60 anos da marca, que teve cobertura do Blog Ponto de Ônibus, que o País precisa de um “governo melhor” – Relembre em: https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/04/28/especial-mercedes-benz-comemora-60-anos-querendo-governo-melhor/
Abaixo nota completa da Mercedes-Benz:
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Trabalhadores da Mercedes-Benz em assembleia na madrugada decidem parar por 24 horas
Metalúrgicos da planta da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a principal da marca no Brasil, decidiram na manhã desta quarta-feira 4 de maio de 2016, paralisar as atividades por 24 horas.
Eles temem perder os empregos.
De acordo com nota do Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores passaram a se sentir inseguros após o presidente da montadora, Phillipp Schiemer, ter dito na semana passada que o PPE – Programa de Proteção ao Emprego não teve os resultados esperados.
No caso da Mercedes-Benz, o PPE, programa emergencial criado pelo Governo Federal por causa da crise, tem permitido 20% de redução de jornada de trabalho e de salários. A metade deste percentual dos salários é coberta pelo FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Desta forma, na prática, a redução salarial é de 10%.
Dos atuais 9,8 mil trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, em torno de 8 mil estão sob regime de PPE.
“A paralisação de hoje [quarta] é um recado à direção da Mercedes. O presidente da montadora afirmou, na semana passada, que o PPE se esgotou e há um excedente de dois mil trabalhadores. Queremos deixar claro que queremos negociar uma solução conjunta, mas não aceitaremos demissões”, disse em nota, o diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.
A Mercedes-Benz confirmou a paralisação na planta que produz motores, câmbios, eixos, caminhões e chassis de ônibus e micro-ônibus.
A empresa, no entanto, não confirmou a possibilidade de não renovar os contratos de trabalho por meio do programa.
A adesão ao PPE, criação de Programa de Demissão Voluntária e ajustes nas escalas de trabalho foram algumas das alternativas encontradas pela Mercedes-Benz, que lidera o mercado de comerciais, diante da redução da demanda por vans, caminhões e ônibus por causa da crise econômica.
Na semana passada, o presidente da montadora no Brasil afirmou, em evento de 60 anos da marca, que teve cobertura do Blog Ponto de Ônibus, que o País precisa de um “governo melhor” – Relembre em: https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/04/28/especial-mercedes-benz-comemora-60-anos-querendo-governo-melhor/
Abaixo nota completa da Mercedes-Benz:
· A Mercedes-Benz confirma a paralisação realizada, hoje, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e que afetou a produção da fábrica de São Bernardo do Campo;
· A Empresa lamenta o ocorrido, uma vez que tem sofrido os efeitos da drástica queda no mercado de veículos comerciais causada pela crise política e econômica no País;
· É importante lembrar que, desde 2014, a Mercedes-Benz vem adotando diversas medidas de flexibilidade e gestão de mão de obra para gerenciar o excedente de mais de 2 mil pessoas na fábrica de do ABC.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
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