MAN está com 80% de ociosidade e quer Virar a Chave
Planta em Resende opera apenas em um turno durante quatro dias na semana
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
A crise econômica, fiscal e política no país persiste, afetando diretamente o setor de bens de capital, que revela investimentos de outros seguimentos.
Faz parte deste setor de bens de capital, a produção de ônibus e caminhões.
A MAN Latin America, fabricante de ônibus e caminhões, informou nesta quarta-feira, 13 de abril de 2016, que a planta em Resende, no Rio de Janeiro, que completa 20 anos, está atualmente com 80% de ociosidade.
A capacidade da planta é para produzir 100.000 unidades por ano. Em 2016, o mercado de ônibus e caminhões deve produzir cerca de 70.000 unidades, considerando todas as marcas.
A MAN atualmente produz 110 veículos entre caminhões e chassis de ônibus por dia atualmente apenas em turno único de funcionários que trabalham 4 quatro dias úteis na semana.
No auge da produção em 2012, eram fabricados 350 veículos de grande porte por dia, feitos em três turnos e cinco dias por semana.
De acordo com o mais recente levantamento da Anfavea Associação do Fabricantes de Veículos Automotores, os emplacamentos somente de ônibus tiveram queda de 47,8% no primeiro trimestre de 2016. No período, apenas a MAN teve 503 ônibus licenciados, queda acumulada de 61,1% Veja em: https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/04/06/producao-de-onibus-acumula-queda-de-435-de-acordo-com-anfavea/
Para enfrentar esta realidade, a MAN diminuiu a jornada dos funcionários em 10%, se inseriu no PPE Programa de Proteção ao Emprego, do Governo Federal, implantou lay off, que é suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e abriu um PDV Programa de Demissões Voluntárias.
O objetivo da montadora é reduzir os custos em torno de 30 por cento. A empresa também deve repassar aumento dos gatos para o preço dos veículos.
“O momento é grave. A indústria de caminhões e ônibus vive a pior crise de vendas das últimas décadas. Os volumes retrocederam aos do século passado, e o mercado brasileiro encolheu em 70% desde 2011. Por isso, precisamos agir: promovemos os ajustes necessários a este novo momento, e com a parceria de todos os envolvidos em nosso modelo de negócio, renovamos nosso compromisso de oferecer produtos sob medida a mais de 30 países da América Latina e África. Queremos virar a chave para retomar o crescimento”, disse em nota à imprensa, presidente e CEO da MAN Latin America, Roberto Cortes.
A MAN disse que até 2017 vai manter os investimentos de R$ 400 milhões no Brasil, que fazem parte de R$ 1 bilhão, que iniciaram no ano de 2012.
Em nota, a empresa informa que tomou algumas ações que resultaram em vendas potenciais e fechadas de 1.200 unidades, entre ônibus e caminhões. Linhas de financiamento e mudança nos quadros de direção também fazem parte das apostas da MAN Volkswagen Caminhões e Ônibus
Só as primeiras ações na nova fase da MAN Latin America permitem falar de negócios, fechados e potenciais, de mais de 1.200 unidades. No Brasil, a busca por novos negócios vem sendo intensificada graças a novas ferramentas como o Leasing Operacional, produtos vocacionais e sob medida, além de mais foco no agronegócio. Lá fora, a África ainda oferece oportunidades em países como Nigéria e Angola, com possibilidades de expansão rumo ao oeste do continente. No mercado mexicano, mais maduro, aumenta a procura pelos produtos Volkswagen e MAN.
Com R$ 400 milhões a serem investidos no Brasil até 2017 (parte dos R$ 1 bilhão confirmados a partir do ano de 2012), a montadora segue trabalhando no desenvolvimento de novos produtos, destinados a nichos inexplorados do mercado. E já tem pronto um cronograma de entrega de obras para dinamizar seu parque industrial e assistência pós-vendas. Ainda em 2016, estão previstas as entregas da primeira pista de testes de rodagem do Grupo Volkswagen na América Latina e do primeiro dinamômetro para testes de motores em Resende (RJ), e do novo Centro de Treinamento para a qualificação da rede e de clientes em São Bernardo do Campo (SP).
Entre as novidades em sua estrutura, Leandro Siqueira é o novo diretor de Desenvolvimento do Produto e Gerenciamento de Portfólio. Ele substitui Gastão Rachou, que se aposenta após participar de importantes projetos da MAN Latin America. Na área de Vendas, Marketing e Pós-Vendas, Antonio Cammarosano passa a cuidar exclusivamente dos negócios de caminhões Volkswagen e MAN, enquanto Jorge Carrer é agora o responsável por vendas de chassis de ônibus Volksbus, ambos se reportando diretamente a Ricardo Alouche. Na área de Vendas para mercados internacionais, Luciano Cafure é o novo executivo, que se reporta a Marcos Forgioni. O objetivo de todas essas mudanças é agilizar processos e concentrar-se ainda mais nas necessidades e desejos do cliente final.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Ônibus Volkswagen MAN. Vendas e produção em baixa exigem atitudes rápidas.
A crise econômica, fiscal e política no país persiste, afetando diretamente o setor de bens de capital, que revela investimentos de outros seguimentos.
Faz parte deste setor de bens de capital, a produção de ônibus e caminhões.
A MAN Latin America, fabricante de ônibus e caminhões, informou nesta quarta-feira, 13 de abril de 2016, que a planta em Resende, no Rio de Janeiro, que completa 20 anos, está atualmente com 80% de ociosidade.
A capacidade da planta é para produzir 100.000 unidades por ano. Em 2016, o mercado de ônibus e caminhões deve produzir cerca de 70.000 unidades, considerando todas as marcas.
A MAN atualmente produz 110 veículos entre caminhões e chassis de ônibus por dia atualmente apenas em turno único de funcionários que trabalham 4 quatro dias úteis na semana.
No auge da produção em 2012, eram fabricados 350 veículos de grande porte por dia, feitos em três turnos e cinco dias por semana.
De acordo com o mais recente levantamento da Anfavea Associação do Fabricantes de Veículos Automotores, os emplacamentos somente de ônibus tiveram queda de 47,8% no primeiro trimestre de 2016. No período, apenas a MAN teve 503 ônibus licenciados, queda acumulada de 61,1% Veja em: https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2016/04/06/producao-de-onibus-acumula-queda-de-435-de-acordo-com-anfavea/
Para enfrentar esta realidade, a MAN diminuiu a jornada dos funcionários em 10%, se inseriu no PPE Programa de Proteção ao Emprego, do Governo Federal, implantou lay off, que é suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e abriu um PDV Programa de Demissões Voluntárias.
O objetivo da montadora é reduzir os custos em torno de 30 por cento. A empresa também deve repassar aumento dos gatos para o preço dos veículos.
“O momento é grave. A indústria de caminhões e ônibus vive a pior crise de vendas das últimas décadas. Os volumes retrocederam aos do século passado, e o mercado brasileiro encolheu em 70% desde 2011. Por isso, precisamos agir: promovemos os ajustes necessários a este novo momento, e com a parceria de todos os envolvidos em nosso modelo de negócio, renovamos nosso compromisso de oferecer produtos sob medida a mais de 30 países da América Latina e África. Queremos virar a chave para retomar o crescimento”, disse em nota à imprensa, presidente e CEO da MAN Latin America, Roberto Cortes.
A MAN disse que até 2017 vai manter os investimentos de R$ 400 milhões no Brasil, que fazem parte de R$ 1 bilhão, que iniciaram no ano de 2012.
Em nota, a empresa informa que tomou algumas ações que resultaram em vendas potenciais e fechadas de 1.200 unidades, entre ônibus e caminhões. Linhas de financiamento e mudança nos quadros de direção também fazem parte das apostas da MAN Volkswagen Caminhões e Ônibus
Só as primeiras ações na nova fase da MAN Latin America permitem falar de negócios, fechados e potenciais, de mais de 1.200 unidades. No Brasil, a busca por novos negócios vem sendo intensificada graças a novas ferramentas como o Leasing Operacional, produtos vocacionais e sob medida, além de mais foco no agronegócio. Lá fora, a África ainda oferece oportunidades em países como Nigéria e Angola, com possibilidades de expansão rumo ao oeste do continente. No mercado mexicano, mais maduro, aumenta a procura pelos produtos Volkswagen e MAN.
Com R$ 400 milhões a serem investidos no Brasil até 2017 (parte dos R$ 1 bilhão confirmados a partir do ano de 2012), a montadora segue trabalhando no desenvolvimento de novos produtos, destinados a nichos inexplorados do mercado. E já tem pronto um cronograma de entrega de obras para dinamizar seu parque industrial e assistência pós-vendas. Ainda em 2016, estão previstas as entregas da primeira pista de testes de rodagem do Grupo Volkswagen na América Latina e do primeiro dinamômetro para testes de motores em Resende (RJ), e do novo Centro de Treinamento para a qualificação da rede e de clientes em São Bernardo do Campo (SP).
Entre as novidades em sua estrutura, Leandro Siqueira é o novo diretor de Desenvolvimento do Produto e Gerenciamento de Portfólio. Ele substitui Gastão Rachou, que se aposenta após participar de importantes projetos da MAN Latin America. Na área de Vendas, Marketing e Pós-Vendas, Antonio Cammarosano passa a cuidar exclusivamente dos negócios de caminhões Volkswagen e MAN, enquanto Jorge Carrer é agora o responsável por vendas de chassis de ônibus Volksbus, ambos se reportando diretamente a Ricardo Alouche. Na área de Vendas para mercados internacionais, Luciano Cafure é o novo executivo, que se reporta a Marcos Forgioni. O objetivo de todas essas mudanças é agilizar processos e concentrar-se ainda mais nas necessidades e desejos do cliente final.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
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