Brasil pode economizar R$ 30,4 bilhões por ano se investir em transporte limpo
Conclusão é de consultoria internacional e tem como base apenas a redução de gastos com petróleo
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Alívio para o pulmão e para a economia da nação! Os investimentos em transportes limpos como ampliação de redes de trólebus, ônibus elétricos e metrô podem fazer com que o país economize até R$ 30,4 bilhões por ano até 2030.
A conclusão faz parte do relatório Oil Market Futures, apresentado nesta quarta-feira, 20 de abril de 2016, que foi usado para estudos de analistas econômicos internacionais, como os que integram a consultoria mundial Cambridge Econometrics.
Esta economia seria possível simplesmente pelo fato de o país gastar menos com petróleo. As formas de tração de veículos, principalmente do transporte coletivo, alternativas ao petróleo estão entre as mais indicadas em países como o Brasil, cuja geração de energia elétrica é limpa e também pela capacidade nacional de produção de biocombustíveis.
Os investimentos em transporte coletivo, mesmo que com as fontes atuais de energia, trariam também benefícios pelo fato de mais pessoas deixarem o carro em casa.
O número não contabiliza as externalidades financeiras causadas pela poluição, como os gastos com saúde pública, por exemplo. Se forem levados em conta estes aspectos, a economia pelos investimentos em transportes limpos é maior ainda, fazendo valer a pena os subsídios governamentais para a ampliação de frotas de ônibus que não dependam exclusivamente do petróleo e de redes de transportes urbanos e metropolitanos sobre trilhos.
A estimativa da consultoria internacional é de que as políticas para promover a mobilidade com baixa emissão de poluentes fariam com que os gastos com petróleo nos países que reúnem as principais metrópoles do mundo caíssem em torno de US$ 330 bilhões de dólares, entre 2020 e 2030.
Além de os países dependerem menos da energia poluente, a menor procura pelo petróleo faria com que o preço internacional desta matéria-prima caísse futuramente.
Somente com a redução da queda do preço global do petróleo, se o Brasil acompanhar os valores internacionais, o que não ocorre hoje, a economia seria de R$ 15,2 bilhões por ano.
Do ponto de vista de economia global, a medida também traria o equilíbrio na oferta e na procura da commodity. Isso porque, aponta o relatório, o atual momento de petróleo mais barato já está passando. Com o aumento da população urbana e das demandas por energia, a perspectiva é de que em 2050 o preço do barril do petróleo estará em torno US$ 130.
Entretanto, se forem usadas tecnologias de transporte com baixa emissão de carbono que devem resultar em menor demanda, o preço do barril ficaria entre US$ 83 e US$ 87 em 2050.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Estudo reforça que, somente pela economia com petróleo, já vale a pena subsidiar operadores para optarem por ônibus não poluentes.
Alívio para o pulmão e para a economia da nação! Os investimentos em transportes limpos como ampliação de redes de trólebus, ônibus elétricos e metrô podem fazer com que o país economize até R$ 30,4 bilhões por ano até 2030.
A conclusão faz parte do relatório Oil Market Futures, apresentado nesta quarta-feira, 20 de abril de 2016, que foi usado para estudos de analistas econômicos internacionais, como os que integram a consultoria mundial Cambridge Econometrics.
Esta economia seria possível simplesmente pelo fato de o país gastar menos com petróleo. As formas de tração de veículos, principalmente do transporte coletivo, alternativas ao petróleo estão entre as mais indicadas em países como o Brasil, cuja geração de energia elétrica é limpa e também pela capacidade nacional de produção de biocombustíveis.
Os investimentos em transporte coletivo, mesmo que com as fontes atuais de energia, trariam também benefícios pelo fato de mais pessoas deixarem o carro em casa.
O número não contabiliza as externalidades financeiras causadas pela poluição, como os gastos com saúde pública, por exemplo. Se forem levados em conta estes aspectos, a economia pelos investimentos em transportes limpos é maior ainda, fazendo valer a pena os subsídios governamentais para a ampliação de frotas de ônibus que não dependam exclusivamente do petróleo e de redes de transportes urbanos e metropolitanos sobre trilhos.
A estimativa da consultoria internacional é de que as políticas para promover a mobilidade com baixa emissão de poluentes fariam com que os gastos com petróleo nos países que reúnem as principais metrópoles do mundo caíssem em torno de US$ 330 bilhões de dólares, entre 2020 e 2030.
Além de os países dependerem menos da energia poluente, a menor procura pelo petróleo faria com que o preço internacional desta matéria-prima caísse futuramente.
Somente com a redução da queda do preço global do petróleo, se o Brasil acompanhar os valores internacionais, o que não ocorre hoje, a economia seria de R$ 15,2 bilhões por ano.
Do ponto de vista de economia global, a medida também traria o equilíbrio na oferta e na procura da commodity. Isso porque, aponta o relatório, o atual momento de petróleo mais barato já está passando. Com o aumento da população urbana e das demandas por energia, a perspectiva é de que em 2050 o preço do barril do petróleo estará em torno US$ 130.
Entretanto, se forem usadas tecnologias de transporte com baixa emissão de carbono que devem resultar em menor demanda, o preço do barril ficaria entre US$ 83 e US$ 87 em 2050.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
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