BNDES aprova novas condições para refinanciamento de ônibus e caminhões pelo PSI

Há possibilidade de refinanciar prestações vencidas ou melhorar as condições de empréstimo. Outras linhas também receberam novas condições.

Por Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes


Ônibus comprados por meio do PSI poderão ser refinanciados

O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou nesta terça-feira, 19 de abril de 2016, que adotou novas medidas para o refinanciamento de ônibus e caminhões pelo PSI – Programa de Sustentação do Investimento. O refinanciamento também envolve agora maquinários, e outros bens de capital. O banco também alterou as taxas de juros de outros programas.

De acordo com nota da instituição, há possibilidade de refinanciar o bem tanto para quem possui parcelas em atraso como para quem paga em dia.

“Até seis prestações já vencidas dos Programas BNDES PSI e BNDES Procaminhoneiro também poderão ser refinanciadas em até 18 parcelas. Antes, só era possível refinanciar compra de ônibus e caminhões (limitada a três parcelas atrasadas) Agora, também podem ser refinanciadas máquinas e equipamentos. O BNDES também está melhorando as condições para as MPMEs (Micros, Pequenas e Médias Empresas) que desejem refinanciar empréstimos feitos no programa BNDES PSI e que não possuam parcelas em atraso. O refinanciamento tem custo de TJLP (atualmente em 7,5% ao ano), acrescido de 1,6% de remuneração do BNDES e até 6% de remuneração do agente financeiro. As condições oferecidas anteriormente (Selic acrescida de 1,4% de remuneração do BNDES e spread do agente financeiro livremente negociado) continuam vigentes para as empresas de grande porte.”



Ainda de acordo com o banco, quem possui o Cartão BNDES pode refinanciar em até 48 meses e com 12 meses de carência, o saldo devedor das operações. A taxa cobrada será TJLP (atualmente em 7,5% ao ano) acrescida de spread de 3,5% referente ao BNDES e de até 7% para o agente financeiro.

O cartão é destinado para micro, pequenas e médias empresas e para microempreendedores individuais. O limite de financiamento é de R$ 1 milhão e as linhas são operadas por meio de bancos credenciados. De acordo com BNDES, no passado, foram realizadas 746 mil operações com cartão que representaram R$ 11,2 bilhões.

As taxas para as MPMEs por meio do Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda BNDES Progeren também foram alteradas. A taxa mais baixa que era de 11,59% passou para 10,20% ao ano.

A taxa caiu de 14,63% para 12,59%, enquanto que os juros para companhias médias-grandes foram alterados de 17,15% para 14,65%. Para grandes empresas, a taxa foi mantida em 17,15%. Sobre esta taxa, incide ainda o spread do agente financeiro, livremente negociado com o tomador do crédito.

Fonte: Blog Ponto de Ônibus