Governo Federal acaba com o PSI
Programa foi criado em 2009 para financiar setores como de bens de capital e incentivar a produção de ônibus e caminhões
Por Adamo Bazani - jornalista especializado em transportes
Ao mesmo tempo em que anunciou condições mais vantajosas para o financiamento de máquinas agrícolas, máquinas industriais, caminhões, ônibus e outros bens de capital pelo Finame, o BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social decretou o fim do PSI – Programa de Sustentação do Investimento para 2016.
Assim, o banco continua a financiar veículos e equipamentos pelo Finame, mas o programa que era uma das principais fontes para esse tipo de operação chega ao fim.
O motivo é a situação das contas públicas do País. Segundo o TCU – Tribunal de Contas da União, uma parte das chamadas “pedaladas fiscais” atos atribuídos ao governo federal que não repassou recursos devidos para bancos públicos para mascarar a real condição financeira, ocorreu justamente por causa da equalização de juros pelos empréstimos do BNDES.
Esta equalização funcionava da seguinte maneira: enquanto o BNDES emprestava a taxas menores que o mercado, o governo federal cobria esta diferença para o banco.
O PSI foi criado em 2009 para minimizar os efeitos da crise financeira internacional e de crédito que ocorreu em 2008. O objetivo era estimular o investimento do setor privado, principalmente a produção de bens de capital, incluindo ônibus e caminhões, já que são segmentos potenciais geradores de emprego. Auxiliando os segmentos de bens de capital, entendia o governo, os setores que dependem destas máquinas e veículos também teriam benefícios.
Nestes sete anos de duração, o PSI recebeu uma das maiores partes dos R$ 455 bilhões que saíram do Tesouro Nacional e foram para o BNDES.
Somente neste ano, a União fechou o primeiro semestre com dívidas de R$ 27,2 bilhões ao banco pela equalização dos juros. Na semana passada, R$ 15,1 milhões foram quitados.
FINAME VAI TER MAIOR COBERTURA PELA TJLP:
Desta forma com a eliminação do PSi, o mercado agora entende que a maior cobertura do bem financiado pelo BNDES com correção pela TJLP- Taxa de Juros de Longo Prazo, trata-se de uma espécie de compensação. Segundo o BNDES, 70% do valor do caminhão ou do ônibus serão cobertos pela TJLP, com participação do banco de fomento. Os outros 30% vão ser financiados pelas taxas de mercado. Atualmente 50% dos valores dos ônibus e caminhões financiados pelo Finame são cobertos pela TJLP com participação do BNDES e sobre os outros 50% incidem taxas de mercado.
Em relação aos bens de capital em geral, pequenas e médias empresas terão 80% do valor com participação do BNDES. Já grandes empresas terão 70% financiados com base na TJLP.
Para pequenas empresas, o spread básico será de 1,5 %ao ano e a taxa de intermediação financeira de 0,1%, além da taxa de risco cobrada pelo agente financeiro.
Já para as grandes empresas, o spread básico vai ser somado à intermediação financeira de 0,5% ao ano
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Por Adamo Bazani - jornalista especializado em transportes
Ao mesmo tempo que tornou mais vantajoso o Finame, Governo Federal acaba com PSI.
Ao mesmo tempo em que anunciou condições mais vantajosas para o financiamento de máquinas agrícolas, máquinas industriais, caminhões, ônibus e outros bens de capital pelo Finame, o BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social decretou o fim do PSI – Programa de Sustentação do Investimento para 2016.
Assim, o banco continua a financiar veículos e equipamentos pelo Finame, mas o programa que era uma das principais fontes para esse tipo de operação chega ao fim.
O motivo é a situação das contas públicas do País. Segundo o TCU – Tribunal de Contas da União, uma parte das chamadas “pedaladas fiscais” atos atribuídos ao governo federal que não repassou recursos devidos para bancos públicos para mascarar a real condição financeira, ocorreu justamente por causa da equalização de juros pelos empréstimos do BNDES.
Esta equalização funcionava da seguinte maneira: enquanto o BNDES emprestava a taxas menores que o mercado, o governo federal cobria esta diferença para o banco.
O PSI foi criado em 2009 para minimizar os efeitos da crise financeira internacional e de crédito que ocorreu em 2008. O objetivo era estimular o investimento do setor privado, principalmente a produção de bens de capital, incluindo ônibus e caminhões, já que são segmentos potenciais geradores de emprego. Auxiliando os segmentos de bens de capital, entendia o governo, os setores que dependem destas máquinas e veículos também teriam benefícios.
Nestes sete anos de duração, o PSI recebeu uma das maiores partes dos R$ 455 bilhões que saíram do Tesouro Nacional e foram para o BNDES.
Somente neste ano, a União fechou o primeiro semestre com dívidas de R$ 27,2 bilhões ao banco pela equalização dos juros. Na semana passada, R$ 15,1 milhões foram quitados.
FINAME VAI TER MAIOR COBERTURA PELA TJLP:
Desta forma com a eliminação do PSi, o mercado agora entende que a maior cobertura do bem financiado pelo BNDES com correção pela TJLP- Taxa de Juros de Longo Prazo, trata-se de uma espécie de compensação. Segundo o BNDES, 70% do valor do caminhão ou do ônibus serão cobertos pela TJLP, com participação do banco de fomento. Os outros 30% vão ser financiados pelas taxas de mercado. Atualmente 50% dos valores dos ônibus e caminhões financiados pelo Finame são cobertos pela TJLP com participação do BNDES e sobre os outros 50% incidem taxas de mercado.
Em relação aos bens de capital em geral, pequenas e médias empresas terão 80% do valor com participação do BNDES. Já grandes empresas terão 70% financiados com base na TJLP.
Para pequenas empresas, o spread básico será de 1,5 %ao ano e a taxa de intermediação financeira de 0,1%, além da taxa de risco cobrada pelo agente financeiro.
Já para as grandes empresas, o spread básico vai ser somado à intermediação financeira de 0,5% ao ano
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
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