A crise também atinge o transporte, afirma Mário Tourinho
É impressionante como se avalia incorretamente o lado empresarial do transporte coletivo, principalmente o urbano (municipal). Toda outra atividade econômica é, por qualquer pessoa, avaliada até com certa positiva admiração, como a elogiar-se que, por exemplo, alguém que começou com um fiteirozinho, aumentou esse fiteiro e o transformou em mercearia, depois em supermercado, tempos após em vários estabelecimentos diversificados etc etc…
Sobre essa evolução é comum sair-se com frase tipo “Que cara trabalhador, competente, responsável, dedicado e empreendedor… e merecedor do lugar em que chegou!…”. Mas, em relação ao transporte coletivo… “Ave Maria!”. Empresário desse setor raramente é visto como aqueles outros (“Que cara trabalhador, responsável, dedicado e empreendedor”). Só se o ver como aquele “empresário que ganha dinheiro fácil” e que “ficou rico”. Há uma espécie de preconceito (não se gostar) em relação ao empresariado do setor de transporte coletivo.
Observe-se que mesmo em uma conjuntura econômica de crise como a atual, todos os aumentos de preços parecem ser encarados como normais, até os aumentos dos combustíveis que tanto pesam nos custos dos transportes. Entretanto, reclamação efetiva mesma, tipo “boca no trombone”, só quando há reajuste na tarifa dos ônibus! E com essa “boca no trombone” logo a alguém para insinuar que o reajuste seria desnecessário.
Por Mário Tourinho
Com informações / Fonte: Ônibus da Paraíba
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