Produção de ônibus cai 26,6%, diz Anfavea
Segmento de urbanos foi o que registrou maior queda
Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Com as medidas de restrição aos gastos públicos e ações que interferem na renda da população, após mais de dez anos consecutivos com opções que, segundo economistas, abalaram as finanças no País como um todo, a política econômica adotada atualmente pela equipe da presidente Dilma Rousseff tem sido sentida por trabalhadores e setores produtivos de forma negativa até o momento.
Um dos exemplos é o segmento de bens de capital dentro da indústria automotiva.
Diferentemente de carros de passeio que refletem a situação direta do consumidor, os veículos comerciais, como ônibus e caminhões, mostram a disposição e a segurança dos investidores no País. Os números negativos de produção destes veículos são sinais de que a situação ruim não é de momento e ainda deve perdurar. Isso porque, os investimentos demoram certo tempo para terem retorno. Se hoje veículos comerciais registram queda nas vendas e produção, significa que os diversos segmentos da economia não estão investindo.
Eventuais efeitos positivos para a vida do cidadão só vão ser sentidos tempo depois da retomada do ritmo de investimentos.
Assim, toda a sociedade deve estar de olho no mercado de ônibus e caminhões, que pode ser considerado um termômetro da atual situação econômica e das estimativas para os próximos meses.
Balanço divulgado nesta quinta-feira, 07 de maio de 2015, pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores revela que a produção de ônibus e caminhões registrou expressivas quedas de janeiro a abril deste ano em comparação ao mesmo período de 2014.
O setor de caminhões acumula queda de 45,2%, com 30 mil 177 veículos produzidos.
Já o setor de ônibus produziu 9 mil 747 chassis, o número significa queda de 26,6% em relação às 13 mil 276 unidades fabricadas.
Com incertezas para investir por causa da economia, e com as obras de mobilidade paradas ou atrasadas em quase todo o País, além de problemas com licitações, o frotista de ônibus urbano é o que menos está comprando.
De acordo com a Anfavea, a produção de ônibus para serviços urbanos e metropolitanos registrou no acumulado destes quarto primeiros meses queda de 30,8% com 7 mil 717 veículos de transporte coletivo. Já a queda na produção de ônibus rodoviários foi de 4,3%, com 2 mil e 30 veículos.
LICENCIAMENTOS E MARCAS:
De acordo com o balaço da Anfavea, no acumulado entre janeiro e abril deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, os licenciamentos de ônibus tiveram queda de 26,1%, com 6 mil 767 unidades ante 9 mil 156.
Com exceção da Iveco, todas as marcas tiveram queda.
1º) Mercedes-Benz: 3.316 ônibus – queda acumulada de 13,8%.
2º) MAN – Volkswagen – Caminhões & Ônibus: 1.521 ônibus – queda acumulada de 37,7% .
3º) Agrale (incluindo miniônibus Volare, que possuem esta mecânica): 898 ônibus – queda acumulada de 48,7% .
4º) Iveco (incluindo os miniônibus Neobus CityClass): 498 ônibus – alta acumulada de 59,6%
5º) Volvo: 451 ônibus – queda acumulada de 12,8%
6º) Scania: 60 ônibus – queda acumulada de 77,9% .
Fonte: Blog Ponto de ônibus
Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Ônibus urbano. Segmento é o que mais sente os reflexos do desaquecimento econômico que afeta a renda da população e as contas públicas. |
Um dos exemplos é o segmento de bens de capital dentro da indústria automotiva.
Diferentemente de carros de passeio que refletem a situação direta do consumidor, os veículos comerciais, como ônibus e caminhões, mostram a disposição e a segurança dos investidores no País. Os números negativos de produção destes veículos são sinais de que a situação ruim não é de momento e ainda deve perdurar. Isso porque, os investimentos demoram certo tempo para terem retorno. Se hoje veículos comerciais registram queda nas vendas e produção, significa que os diversos segmentos da economia não estão investindo.
Eventuais efeitos positivos para a vida do cidadão só vão ser sentidos tempo depois da retomada do ritmo de investimentos.
Assim, toda a sociedade deve estar de olho no mercado de ônibus e caminhões, que pode ser considerado um termômetro da atual situação econômica e das estimativas para os próximos meses.
Balanço divulgado nesta quinta-feira, 07 de maio de 2015, pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores revela que a produção de ônibus e caminhões registrou expressivas quedas de janeiro a abril deste ano em comparação ao mesmo período de 2014.
O setor de caminhões acumula queda de 45,2%, com 30 mil 177 veículos produzidos.
Já o setor de ônibus produziu 9 mil 747 chassis, o número significa queda de 26,6% em relação às 13 mil 276 unidades fabricadas.
Com incertezas para investir por causa da economia, e com as obras de mobilidade paradas ou atrasadas em quase todo o País, além de problemas com licitações, o frotista de ônibus urbano é o que menos está comprando.
De acordo com a Anfavea, a produção de ônibus para serviços urbanos e metropolitanos registrou no acumulado destes quarto primeiros meses queda de 30,8% com 7 mil 717 veículos de transporte coletivo. Já a queda na produção de ônibus rodoviários foi de 4,3%, com 2 mil e 30 veículos.
LICENCIAMENTOS E MARCAS:
De acordo com o balaço da Anfavea, no acumulado entre janeiro e abril deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, os licenciamentos de ônibus tiveram queda de 26,1%, com 6 mil 767 unidades ante 9 mil 156.
Com exceção da Iveco, todas as marcas tiveram queda.
1º) Mercedes-Benz: 3.316 ônibus – queda acumulada de 13,8%.
2º) MAN – Volkswagen – Caminhões & Ônibus: 1.521 ônibus – queda acumulada de 37,7% .
3º) Agrale (incluindo miniônibus Volare, que possuem esta mecânica): 898 ônibus – queda acumulada de 48,7% .
4º) Iveco (incluindo os miniônibus Neobus CityClass): 498 ônibus – alta acumulada de 59,6%
5º) Volvo: 451 ônibus – queda acumulada de 12,8%
6º) Scania: 60 ônibus – queda acumulada de 77,9% .
Fonte: Blog Ponto de ônibus
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