Política de preços no Brasil inviabiliza o transporte coletivo e privilegia o individual

O contrassenso é tão grande que proporcionalmente ficou mais barato usar carro que transporte coletivo

Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Ônibus urbano. Política de preços incentiva transporte individual mesmo com os ônibus atendendo por 86,6% do transporte coletivo no Brasil.
A política de segurar o preço da gasolina para controlar a inflação e os incentivos fiscais para a indústria automobilística criaram uma distorção nos custos dos transportes no Brasil. É o que revela uma reportagem do jornal O Globo. Usar o próprio automóvel ficou proporcionalmente mais barato que utilizar ônibus, metrôs, trens ou barcas.

Em 20 anos, as tarifas de transporte coletivo subiram 685%. Já o custo para abastecer o carro com gasolina ou etanol aumentou 423%.

Somente a tarifa de ônibus, que é responsável por 86,6% do transporte coletivo no Brasil, teve reajustes de 711,29%. Ao todo, 107 mil ônibus transportam 40 milhões de pessoas por dia em 3 mil 311 cidade.

A comparação com a elevação dos custos para comprar um carro mostra também que a política de preços no país também incentiva o transporte individual.

De janeiro de 2002 até março deste ano, em média os preços dos carros novos subiram 10,2%. Já a gasolina teve reajustes de 70,5%, as tarifas de metrô subiram 96,3% e as de ônibus 141%.

Confira a matéria completa em:

http://oglobo.globo.com/economia/gasto-para-usar-transporte-publico-subiu-mais-em-20-anos-do-que-para-andar-de-carro-14444273

Fonte:  Blog Ponto de Ônibus