Emissões de gás carbônico bate recorde no mundo em 2013
Relatório de 49 pesquisadores de dez países mostra a necessidade de investimentos em soluções alternativas aos combustíveis fósseis.
Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
O ano de 2013 bateu recorde de emissões de gás carbônico (CO2) pela queima de combustíveis fósseis de acordo com o Global Carbon Project, que reúne dados de diversas instituições de pesquisa em todo o mundo.
O relatório, divulgado nesta terça-feira, dia 19 de novembro, foi elaborado por 49 pesquisadores multidisciplinares de dez países.
De acordo com estimativa do grupo, em 2013 as emissões de gás carbônico devem ficar 2,1% mais altas em comparação com 2012. Mas o crescimento assusta ao ser levado em conta o ano de 1990, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto para as Nações Unidas, o único acordo mundial em vigor que define limites para emissão de dióxido de carbono.
Desde 1990 até agora, as emissões de gás carbônico, de acordo com o estudo, subiram 61%..
As emissões globais de gás carbônico têm como origem principal o uso de automóveis, representando 45%. Se forem levadas em consideração as áreas urbanas, os carros são responsáveis por 80% de CO2 no meio ambiente.
O estudo, a exemplo de outros, reitera a necessidade dos investimentos em transportes públicos para reverter este quadro e garantir aos cidadãos qualidade de vida e aos governos economia em relação aos impactos na saúde pública e nos gastos em infraestrutura gerados pela frota excessiva de vários carros ao mesmo tempo nas vias.
Sistemas de ônibus, trens e metrôs pesados têm capacidade de atrair as pessoas que costuma se deslocar de carros nas cidades. Mas para isso, tais sistemas precisam de investimentos para oferecer velocidade e conforto no mínimo semelhantes às locomoções por meios individuais.
Além disso, os especialistas apontam para a necessidade de apoio ao transporte coletivo que emita menos poluentes ainda.
Como não é possível tecnicamente e nem sempre viável financeiramente levar redes de metrô e trens em todos os locais da cidade, a aposta é em ônibus elétricos puros (que possui baterias armazenadoras), elétricos híbridos (que possuem um motor a combustão para gerar energia) ou mesmo os trólebus (que apesar de dependerem da rede aérea de fios, estão mais modernos e possuem sistemas de baterias que dão autonomia em uma parte do trajeto caso ocorra problemas de fornecimento).
Autoridades de cerca de 200 países estão reunidas em Varsóvia, na Polônia, e participam de negociações na ONU para fazerem um pacto com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes com ações concretas a partir de 2020.
Fonte: Blog Ônibus Brasil
Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Crescimento das emissões de gás carbônico preocupa. Ônibus elétricos são apontados como principais alternativas para garantir mobilidade limpa, inclusive onde não é viável levar redes metroferroviárias.
O ano de 2013 bateu recorde de emissões de gás carbônico (CO2) pela queima de combustíveis fósseis de acordo com o Global Carbon Project, que reúne dados de diversas instituições de pesquisa em todo o mundo.
O relatório, divulgado nesta terça-feira, dia 19 de novembro, foi elaborado por 49 pesquisadores multidisciplinares de dez países.
De acordo com estimativa do grupo, em 2013 as emissões de gás carbônico devem ficar 2,1% mais altas em comparação com 2012. Mas o crescimento assusta ao ser levado em conta o ano de 1990, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto para as Nações Unidas, o único acordo mundial em vigor que define limites para emissão de dióxido de carbono.
Desde 1990 até agora, as emissões de gás carbônico, de acordo com o estudo, subiram 61%..
As emissões globais de gás carbônico têm como origem principal o uso de automóveis, representando 45%. Se forem levadas em consideração as áreas urbanas, os carros são responsáveis por 80% de CO2 no meio ambiente.
O estudo, a exemplo de outros, reitera a necessidade dos investimentos em transportes públicos para reverter este quadro e garantir aos cidadãos qualidade de vida e aos governos economia em relação aos impactos na saúde pública e nos gastos em infraestrutura gerados pela frota excessiva de vários carros ao mesmo tempo nas vias.
Sistemas de ônibus, trens e metrôs pesados têm capacidade de atrair as pessoas que costuma se deslocar de carros nas cidades. Mas para isso, tais sistemas precisam de investimentos para oferecer velocidade e conforto no mínimo semelhantes às locomoções por meios individuais.
Além disso, os especialistas apontam para a necessidade de apoio ao transporte coletivo que emita menos poluentes ainda.
Como não é possível tecnicamente e nem sempre viável financeiramente levar redes de metrô e trens em todos os locais da cidade, a aposta é em ônibus elétricos puros (que possui baterias armazenadoras), elétricos híbridos (que possuem um motor a combustão para gerar energia) ou mesmo os trólebus (que apesar de dependerem da rede aérea de fios, estão mais modernos e possuem sistemas de baterias que dão autonomia em uma parte do trajeto caso ocorra problemas de fornecimento).
Autoridades de cerca de 200 países estão reunidas em Varsóvia, na Polônia, e participam de negociações na ONU para fazerem um pacto com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes com ações concretas a partir de 2020.
Fonte: Blog Ônibus Brasil
Tags:
Notícias