A importância do setor do transporte público no Brasil
Os serviços de transportes urbanos por ônibus atendem atualmente a cerca de 87% da demanda de viagens nas cidades brasileiras. São 1.800 empresas operando uma frota de 107 mil ônibus que estão presentes em 3.311 municípios no país, transportando diariamente 40 milhões de passageiros, e desta forma, induzindo a empregabilidade, o comércio e a competitividade da indústria nacional.
A maioria dessas empresas são de origem familiar que nasceram pequenas e cresceram com o Brasil. O setor responde pela geração de 537 mil empregos diretos e formais e por cerca de 1,6 milhões de empregos indiretos gerados na indústria e no setor de serviços.
O faturamento anual corresponde a 28 bilhões de reais. Destes, 8 bilhões se destinam ao pagamento de tributos e encargos nas três esferas de governo.
É por tudo isso que as empresas de ônibus urbanos brasileiras veem com respeito esse momento de mobilização da sociedade por um transporte público eficiente, confiável, seguro, de qualidade e com baixos custos.
Na qualidade de parceira desse anseio social e com a experiência de quem vive diariamente as deficiências e o caos da mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras, a NTU, representando a classe empresarial do setor, vem apresentar uma proposta de ação ao estado brasileiro, composta de 8 medidas, para que o país possa atingir uma mobilidade urbana sustentável que traga uma efetiva melhoria da qualidade de vida para os cidadãos brasileiros.
8 Medidas Para a Melhoria do Transporte Público Coletivo Urbano No Brasil
– prioridade de circulação para o transporte coletivo nas vias urbanas sobre o transporte individual motorizado;
– elaboração imediata dos planos diretores e dos planos de mobilidade urbana por todos os municípios obrigados pela legislação, a serem construídos com a participação representantes da sociedade civil organizada;
– continuidade dos investimentos federais, estaduais e municipais na infraestrutura para a mobilidade urbana;
– implantação de redes de transportes modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho;
– implantação de uma política de mobilidade, construída com a participação efetiva da sociedade, com representantes nos conselhos municipais de transporte, estabelecendo qual o nível do serviço de transporte público que se deseja oferecer a todos os cidadãos e quanto isto vai custar ao passageiro (tarifa) e quanto vai custar ao governo (subsídio);
– desoneração dos tributos municipais, estaduais e federal que pesam sobre o setor de transporte público;
– subsídio com recursos públicos às gratuidades que oneram a tarifa paga pelos usuários;
– subsídio ao serviço, a ser pago por meio de um fundo com recursos dos combustíveis, distribuído aos municípios de forma proporcional à população.
Fonte: SITRANS
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