TRT sugere que Sintro acate reajuste proposto pelos empresários

Membros do Sindicato dos Profissionais de Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro/RN) e do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do estado (Seturn) discutiram, em audiência de conciliação realizada na manhã de hoje (6) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), reajuste salarial e de vale-alimentação, entre outras reivindicações. Representantes dos sindicatos estiveram reunidos na quinta-feira passada na Superintendência Regional do Trabalho, mas não entraram em consenso.


Sintro e Seturn discutiram em audiência no TRT o reajuste salarial e aumento no valor do vale-alimentação
FOTO DE: Assessoria/TRT

A proposta sugerida por Carlos Newton Pinto, vice-presidente do TRT, é de reajuste salarial de 7,5% e um aumento de 12% no valor do vale-alimentação. O Sintro afirma que apresentará essa proposta à categoria em assembleia geral, na sede do sindicato, na manhã desta terça-feira (7).

Também está inclusa na sugestão de Carlos Pinto o aumento da gratificação concedida aos motoristas que exercem dupla função. O valor da gratificação, atualmente de 2% sobre o lucro do ônibus trabalhado, passaria a 2,5% nos primeiros seis meses e 3% nos seis meses seguintes.

Caso seja adotada a proposta, o salário do motorista de ônibus passa a valer R$ 1.451 e vale-alimentação de R$ 192. Os valores para os cobradores passam para salário de R$ 870 e vale-alimentação de R$ 131 mensais.

A discordância entre as partes gira principalmente em relação ao reajuste salarial proposto pelo Seturn, de 7,5%, frente à reivindicação de 15% por parte do Sintro. Membros do sindicato dos profissionais de transportes também pedem aumento no preço do vale-alimentação, para R$ 12 por dia. "Admitimos que a proposta de aumento dos salários está dentro da realidade, mas o que foi oferecido para o vale-alimentação ainda está muito baixo. O valor atual [aproximadamente R$ 6] não dá nem para pagar uma quentinha", disse Nastagnan Batista, presidente do Sintro. Também estão inclusas nas reivindicações melhorias no plano de saúde e extinção da dupla função (motorista-cobrador).

Sem reajuste de passagens há 27 meses, o coordenador jurídico do Seturn considera que, caso haja reajuste salarial de 7,5%, seria necessário um aumento no preço da passagem para R$ 2,60. Mas, o Seturn afirma que, para considerar a discussão de um aumento real nas passagens irá esperar primeiro a solução acerca do reajuste salarial dos trabalhadores.

Fonte: Tribuna do Norte