Sintro rejeita proposta e não descarta possibilidade de greve
As negociações entre o Sindicato dos Profissionais de Transporte do Rio Grande do Norte (Sintro/RN) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) continuam sem previsão de definição. O Sintro rejeitou a proposta de reajuste salarial e de vale-alimentação em 7,5%, apresentada pelo Seturn, em audiência realizada na última segunda-feira (29), e na manhã de hoje, os rodoviários compareceram à Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte (DRT/RN) para apresentar uma contraproposta aos empresários.
Na pauta de reivindicações, o Sintro pediu um reajuste salarial de 15%, a unificação do vale-alimentação em R$ 360 e melhorias em relação ao plano de saúde, além da extinção da dupla função (motorista-cobrador). O salário atual é de R$ 1.350 e o vale-alimentação é de R$ 171 para motoristas e R$ 164,88, para cobradores.
De acordo com o presidente do Sintro, Nastagnan Batista, a proposta feita pelo sindicato patronal não atende a reivindicação da categoria. “O aumento de 7,5% não é quase nada e o vale-alimentação continuará tão baixo quanto é atualmente. A categoria não aceita essa proposta e não descartamos a possibilidade de greve. Esperamos que o Seturn analise bem a proposta, pois não temos interesse em prejudicar os usuários do transporte, mas se não houver acordo, o resultado será a greve”, afirmou Nastagnam.
A audiência de conciliação, que teria como mediador o representante da Superintendência Regional do Trabalho, Cláudio Gabriel, nem chegou a acontecer, pois ao conversar com ambas as partes, o mediador entendeu que os sindicatos deveriam reavaliar as propostas para então chegar a um consenso.
“Essa é uma negociação bastante complexa, pois envolve a necessidade de reajuste de tarifa para que haja o reajuste salarial. As empresas têm dito que estão impossibilitadas financeiramente de conceder o aumento e os profissionais afirmam que nas condições atuais não há como continuar. Essa negociação não depende apenas das duas partes, mas envolve também o Poder Público”, explicou o mediador Cláudio Gabriel.
A contraproposta de reajuste de 15% não foi aceita pelo Seturn, que alegou que as empresas não têm como arcar com tal despesa. Qualquer reajuste só será possível mediante o aumento do preço da passagem de ônibus, que poderá saltar dos atuais R$ 2,20 para até R$ 2,60.
Segundo o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Vale, a reivindicação dos rodoviários é inviável, e se não houver subsídios das gestões municipal e estadual, a única solução será o reajuste da tarifa. “Estamos abertos à negociação, mas um reajuste salarial de 15% está fora da realidade das empresas, que já estão apenas sobrevivendo e não têm nem mesmo condições de comprar veículos novos para melhor atender aos usuários. Em todo o mundo, o sistema de transporte é subsidiado, mas no Rio Grande do Norte isso não acontece e, por isso, os empresários são prejudicados. Uma solução simples seria o município nos isentar do ISS, que nos custa R$ 0,10 do valor de cada passagem, e o Governo nos isentar do ICMS, que nos custa R$ 0,30 por passagem. Isso já somaria R$ 0,40 de economia e evitaria o aumento do mesmo valor nas passagens”, explicou.
Fonte: Jornal de Hoje
O Sintro rejeitou a proposta de reajuste salarial e de vale-alimentação em 7,5%. | Foto de: José Aldenir
Na pauta de reivindicações, o Sintro pediu um reajuste salarial de 15%, a unificação do vale-alimentação em R$ 360 e melhorias em relação ao plano de saúde, além da extinção da dupla função (motorista-cobrador). O salário atual é de R$ 1.350 e o vale-alimentação é de R$ 171 para motoristas e R$ 164,88, para cobradores.
De acordo com o presidente do Sintro, Nastagnan Batista, a proposta feita pelo sindicato patronal não atende a reivindicação da categoria. “O aumento de 7,5% não é quase nada e o vale-alimentação continuará tão baixo quanto é atualmente. A categoria não aceita essa proposta e não descartamos a possibilidade de greve. Esperamos que o Seturn analise bem a proposta, pois não temos interesse em prejudicar os usuários do transporte, mas se não houver acordo, o resultado será a greve”, afirmou Nastagnam.
A audiência de conciliação, que teria como mediador o representante da Superintendência Regional do Trabalho, Cláudio Gabriel, nem chegou a acontecer, pois ao conversar com ambas as partes, o mediador entendeu que os sindicatos deveriam reavaliar as propostas para então chegar a um consenso.
“Essa é uma negociação bastante complexa, pois envolve a necessidade de reajuste de tarifa para que haja o reajuste salarial. As empresas têm dito que estão impossibilitadas financeiramente de conceder o aumento e os profissionais afirmam que nas condições atuais não há como continuar. Essa negociação não depende apenas das duas partes, mas envolve também o Poder Público”, explicou o mediador Cláudio Gabriel.
A contraproposta de reajuste de 15% não foi aceita pelo Seturn, que alegou que as empresas não têm como arcar com tal despesa. Qualquer reajuste só será possível mediante o aumento do preço da passagem de ônibus, que poderá saltar dos atuais R$ 2,20 para até R$ 2,60.
Segundo o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Vale, a reivindicação dos rodoviários é inviável, e se não houver subsídios das gestões municipal e estadual, a única solução será o reajuste da tarifa. “Estamos abertos à negociação, mas um reajuste salarial de 15% está fora da realidade das empresas, que já estão apenas sobrevivendo e não têm nem mesmo condições de comprar veículos novos para melhor atender aos usuários. Em todo o mundo, o sistema de transporte é subsidiado, mas no Rio Grande do Norte isso não acontece e, por isso, os empresários são prejudicados. Uma solução simples seria o município nos isentar do ISS, que nos custa R$ 0,10 do valor de cada passagem, e o Governo nos isentar do ICMS, que nos custa R$ 0,30 por passagem. Isso já somaria R$ 0,40 de economia e evitaria o aumento do mesmo valor nas passagens”, explicou.
Fonte: Jornal de Hoje
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