Volvo desenvolve ônibus especiais para o BRT
Primeiros coletivos transportavam até 170 passageiros; dez anos depois a capacidade passou para 250 usuários
A implantação do sistema de transporte de Curitiba contou com uma parceira pioneira dentro desse novo modelo de transporte coletivo. Para conseguir agilizar o atendimento dos usuários dentro dos eixos exclusivos, a Prefeitura da capital paranaense lançou o desafio para a fábrica da Volvo, que havia se instalado na cidade no final de década de 70, para desenvolvimento de um ônibus de alto desempenho e que transportasse um maior número de passageiros. Foi então que surgiram os primeiros ônibus articulados, com capacidade para até 170 passageiros, principal modelo adotado mundialmente para o sistema BRT. As primeiras unidades começaram a ser produzidas pela planta de Curitiba em 1981.
O gerente de BRT da Volvo Brasil, Ayrton Amaral, denomina esse start para a fabricação dos biarticulados como uma parceria criativa e que ainda hoje mantém a empresa como líder no fornecimento de veículos para operação em BRT na América Latina. Ele afirma que a principal alteração feita para garantir o aumento do espaço dos ônibus e permitir o seu prolongamento foi a instalação da unidade motora abaixo no piso dianteiro e não mais no compartimento traseiro. "Com isso, um ônibus com o mesmo comprimento já aumentava em 10% o espaço para passageiros." Junto com essa mudança vieram outras tecnologias que também contribuíram para aumentar a segurança e conforto dos veículos, como a suspensão a ar, marcha automática e freio a disco e ar-condicionado.
Em 1991, dez anos depois do lançamento dos primeiros articulados, Amaral diz que a fábrica recebeu um novo desafio do então prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, o desenvolvimento do biarticulado, que ampliou para 250 o número de passageiros por veículo. Ainda hoje, a Volvo é a única fábrica a produzir esse modelo de ônibus, que é utilizado em sistemas BRT de referência internacional, como a Transmilênio, em Bogotá (Colômbia). No Brasil, o biarticulado é usado em três capitais: Curitiba, Goiânia e São Paulo.
Amaral considera que o BRT é a melhor solução em transporte para cidades com alta demanda de passageiros, com a vantagem de ser um sistema com custo reduzido, em relação a outros sistemas como metrô e VLT, e ainda ter agilidade na implantação. O gerente da Volvo diz que o custo por passageiro é o principal benefício na utilização desses veículos longos. No caso do articulado, a redução é de 20% e, no biarticulado, chega a 33%, comparado aos modelos padron.
Apesar da extensão maior, o gerente de BRT da Volvo garante que os veículos articulados conseguem rodar em vias normais de trânsito, já que o raio de giro é o mesmo dos ônibus convencionais, ou seja, de 14 metros. Na avaliação de Amaral, essa "metronização dos ônibus", conforme definiu o ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, é uma tendência que deve ganhar cada vez mais mercado devido a seu custo-benefício. Segundo ele, além do sistema requerer um investimento vinte vezes menor que o metrô, ele consegue atender uma demanda de até 50 mil passageiros por hora/sentido, volume só obtido até hoje por 10 linhas de metrô em todo o mundo.
Fonte: Cruzeiro do Sul
A implantação do sistema de transporte de Curitiba contou com uma parceira pioneira dentro desse novo modelo de transporte coletivo. Para conseguir agilizar o atendimento dos usuários dentro dos eixos exclusivos, a Prefeitura da capital paranaense lançou o desafio para a fábrica da Volvo, que havia se instalado na cidade no final de década de 70, para desenvolvimento de um ônibus de alto desempenho e que transportasse um maior número de passageiros. Foi então que surgiram os primeiros ônibus articulados, com capacidade para até 170 passageiros, principal modelo adotado mundialmente para o sistema BRT. As primeiras unidades começaram a ser produzidas pela planta de Curitiba em 1981.
O gerente de BRT da Volvo Brasil, Ayrton Amaral, denomina esse start para a fabricação dos biarticulados como uma parceria criativa e que ainda hoje mantém a empresa como líder no fornecimento de veículos para operação em BRT na América Latina. Ele afirma que a principal alteração feita para garantir o aumento do espaço dos ônibus e permitir o seu prolongamento foi a instalação da unidade motora abaixo no piso dianteiro e não mais no compartimento traseiro. "Com isso, um ônibus com o mesmo comprimento já aumentava em 10% o espaço para passageiros." Junto com essa mudança vieram outras tecnologias que também contribuíram para aumentar a segurança e conforto dos veículos, como a suspensão a ar, marcha automática e freio a disco e ar-condicionado.
Em 1991, dez anos depois do lançamento dos primeiros articulados, Amaral diz que a fábrica recebeu um novo desafio do então prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, o desenvolvimento do biarticulado, que ampliou para 250 o número de passageiros por veículo. Ainda hoje, a Volvo é a única fábrica a produzir esse modelo de ônibus, que é utilizado em sistemas BRT de referência internacional, como a Transmilênio, em Bogotá (Colômbia). No Brasil, o biarticulado é usado em três capitais: Curitiba, Goiânia e São Paulo.
Amaral considera que o BRT é a melhor solução em transporte para cidades com alta demanda de passageiros, com a vantagem de ser um sistema com custo reduzido, em relação a outros sistemas como metrô e VLT, e ainda ter agilidade na implantação. O gerente da Volvo diz que o custo por passageiro é o principal benefício na utilização desses veículos longos. No caso do articulado, a redução é de 20% e, no biarticulado, chega a 33%, comparado aos modelos padron.
Apesar da extensão maior, o gerente de BRT da Volvo garante que os veículos articulados conseguem rodar em vias normais de trânsito, já que o raio de giro é o mesmo dos ônibus convencionais, ou seja, de 14 metros. Na avaliação de Amaral, essa "metronização dos ônibus", conforme definiu o ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, é uma tendência que deve ganhar cada vez mais mercado devido a seu custo-benefício. Segundo ele, além do sistema requerer um investimento vinte vezes menor que o metrô, ele consegue atender uma demanda de até 50 mil passageiros por hora/sentido, volume só obtido até hoje por 10 linhas de metrô em todo o mundo.
Fonte: Cruzeiro do Sul
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