Produção do hidrogênio pode ser mais barata e limpa
Resultado da pesquisa pode trazer benefícios à indústria e aos transportes coletivos
Por Adamo Bazani - jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Ônibus a Hidrogênio. Operação é limpa, mas tecnologia é cara e produção do combustível é poluente. Pesquisador da Universidade Virginia Tech descobre que hidrogênio pode ser obtido de maneira mais limpa e barata em resíduos de plantas.
Pelo agravamento dos problemas de poluição que comprometem a qualidade de vida em diversas cidades em todo o mundo e pela necessidade de as economias serem mais independentes do petróleo, que estima-se que pode começar a faltar daqui a 40 anos, têm se tornado mais intensas as pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de veículos de transportes coletivos menos poluentes.
Só por substituir diversos carros de passeio de uma só vez e melhor aproveitar o espaço urbano, os transportes públicos já trazem ganhos ambientais para as cidades, mas os benefícios ainda podem ser maiores.
Movidos a eletricidade, os trens e metrôs já têm uma operação menos poluente. Mas é certo que nem sempre é possível levar sistemas de trilhos para todos os lugares e, mesmo na região central, os ônibus podem ser menos poluentes.
Os trólebus, ônibus totalmente elétricos, estão cada vez mais modernos, com dispositivos de armazenamento de energia e sistemas de alavancas que dão mais autonomia à rede aérea e evitam quedas de cabos durante o percurso.
Mas a indústria no mundo, inclusive no Brasil, não para por aí. Ônibus elétricos híbridos, que funcionam a eletricidade e com um motor a combustão ao mesmo tempo, com baterias armazenadoras que dispensam os pantógrafos dos trólebus e os ônibus movidos a células de hidrogênio.
Estes últimos devem ser tendência pela durabilidade, autonomia e também pelos ganhos ao meio ambiente. Um processo eletroquímico transforma o hidrogênio em energia e pelo escapamento, o ônibus solta vapor d’água.
O problema apontado em relação aos ônibus e outros veículos a hidrogênio são os custos, tanto de produção e operação.
Mas uma descoberta da Universidade Virgínia Tech pode auxiliar na solução ou pelo menos minimizar a questão do custo.
O professor de engenharia de sistemas biológicos Yi-Heng Percival Zhang descobriu que um elemento chamado xilose, um monossacarídeo presente nas plantas, pode produzir grandes quantidades de hidrogênio em seu processamento.
E o melhor de tudo é que esse monossacarídeo é encontrado em diversos tipos de biomassa, como bagaço de cana, palha de milho e resíduos de madeira.
Além de ser mais barato pela abundância destes materiais na natureza que normalmente seriam descartados e do fato de o nível de produção ser alto, este tipo de processamento para obtenção do hidrogênio dispensa o uso de metais pesados e emite poucos gases.
A xilose é o segundo açúcar mais presente em vegetais.
O hidrogênio possui densidade maior que outros combustíveis, tendo assim um bom aproveitamento energético.
Com o barateamento da produção do hidrogênio, as pesquisas para o desenvolvimento de ônibus com este combustível podem ganhar um estímulo maior.
No Brasil, há apenas um ônibus a hidrogênio que circula em testes pelo Corredor Metropolitano ABD, entre o bairro de São Mateus, na zona Leste de São Paulo, e Jabaquara, na zona Sul, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, operado pela Metra.
A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos anunciou que até o final do ano o Corredor ABD deve receber mais três ônibus a hidrogênio.
Fonte: Blog Ponto do Ônibus
Por Adamo Bazani - jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Ônibus a Hidrogênio. Operação é limpa, mas tecnologia é cara e produção do combustível é poluente. Pesquisador da Universidade Virginia Tech descobre que hidrogênio pode ser obtido de maneira mais limpa e barata em resíduos de plantas.
Pelo agravamento dos problemas de poluição que comprometem a qualidade de vida em diversas cidades em todo o mundo e pela necessidade de as economias serem mais independentes do petróleo, que estima-se que pode começar a faltar daqui a 40 anos, têm se tornado mais intensas as pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de veículos de transportes coletivos menos poluentes.
Só por substituir diversos carros de passeio de uma só vez e melhor aproveitar o espaço urbano, os transportes públicos já trazem ganhos ambientais para as cidades, mas os benefícios ainda podem ser maiores.
Movidos a eletricidade, os trens e metrôs já têm uma operação menos poluente. Mas é certo que nem sempre é possível levar sistemas de trilhos para todos os lugares e, mesmo na região central, os ônibus podem ser menos poluentes.
Os trólebus, ônibus totalmente elétricos, estão cada vez mais modernos, com dispositivos de armazenamento de energia e sistemas de alavancas que dão mais autonomia à rede aérea e evitam quedas de cabos durante o percurso.
Mas a indústria no mundo, inclusive no Brasil, não para por aí. Ônibus elétricos híbridos, que funcionam a eletricidade e com um motor a combustão ao mesmo tempo, com baterias armazenadoras que dispensam os pantógrafos dos trólebus e os ônibus movidos a células de hidrogênio.
Estes últimos devem ser tendência pela durabilidade, autonomia e também pelos ganhos ao meio ambiente. Um processo eletroquímico transforma o hidrogênio em energia e pelo escapamento, o ônibus solta vapor d’água.
O problema apontado em relação aos ônibus e outros veículos a hidrogênio são os custos, tanto de produção e operação.
Mas uma descoberta da Universidade Virgínia Tech pode auxiliar na solução ou pelo menos minimizar a questão do custo.
O professor de engenharia de sistemas biológicos Yi-Heng Percival Zhang descobriu que um elemento chamado xilose, um monossacarídeo presente nas plantas, pode produzir grandes quantidades de hidrogênio em seu processamento.
E o melhor de tudo é que esse monossacarídeo é encontrado em diversos tipos de biomassa, como bagaço de cana, palha de milho e resíduos de madeira.
Além de ser mais barato pela abundância destes materiais na natureza que normalmente seriam descartados e do fato de o nível de produção ser alto, este tipo de processamento para obtenção do hidrogênio dispensa o uso de metais pesados e emite poucos gases.
A xilose é o segundo açúcar mais presente em vegetais.
O hidrogênio possui densidade maior que outros combustíveis, tendo assim um bom aproveitamento energético.
Com o barateamento da produção do hidrogênio, as pesquisas para o desenvolvimento de ônibus com este combustível podem ganhar um estímulo maior.
No Brasil, há apenas um ônibus a hidrogênio que circula em testes pelo Corredor Metropolitano ABD, entre o bairro de São Mateus, na zona Leste de São Paulo, e Jabaquara, na zona Sul, pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, operado pela Metra.
A EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos anunciou que até o final do ano o Corredor ABD deve receber mais três ônibus a hidrogênio.
Fonte: Blog Ponto do Ônibus
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