População cobra definição sobre linhas 03, 28 e 45
Os transtornos causados após a extinção das linhas de ônibus 03, 28 e 45 foram o estopim para uma manifestação que reuniu moradores e representantes dos bairros de Brasília Teimosa e Nova Natal hoje pela manhã, em frente à sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). O problema da falta de ônibus já dura cerca de três meses, desde que a empresa Viação Riograndense Ltda. anunciou falência em agosto, provocando a demissão e o não pagamento dos direitos aos rodoviários e prejudicando milhares de pessoas que utilizavam essas linhas para chegar à zona Sul da cidade.
Foto: Heracles Dantas
O protesto foi organizado pelo movimento SOS 28-03, que reivindica a volta das linhas que circulavam por Nova Natal, e contou com o apoio de entidades como a Federação de Natal das Associações e Conselho Comunitário (Fenacc) e Federação dos Conselhos Comunitários e Associações Potiguares (Fecap/RN). Os representantes do movimento questionam as atitudes adotadas pela Semob no sentido de minimizar os contratempos sofridos pela população local e solicitam uma resolução urgente para o problema.
“As linhas de ônibus extintas faziam um serviço que já era precário, mas atendia às necessidades de ir e vir dos moradores da comunidade. Com o fim dessas rotas, a Semob prometeu aumentar a frota em circulação das linhas 64 e 10, mas quem mora nos dez loteamentos que compõem o bairro sabe que o número de ônibus passando não aumentou e que a situação continua a mesma”, explica o professor da rede pública Eduardo de Sá Leitão, que faz parte do movimento SOS 28-03.
Ele afirma que a diretoria da Semob também disponibilizou um circular que trafegava nas principais paradas do bairro e dentro dos loteamentos, mas terminava a rota no ponto onde passavam as antigas linhas 03 e 28. “Além de só ter estado disponível por menos de uma semana, o circular não resolvia o problema de transporte da população, que continua a ter que se locomover por cerca de dois quilômetros para a parada mais próxima, onde passam as outras linhas”, declara o professor.
A agente comunitária de saúde e moradora do bairro Nova Natal, Andréa Alexandre, defende que a Semob deve tomar medidas urgentes para resolver o desgaste que a população enfrenta tendo que percorrer grandes distâncias, pegar um maior número de conduções e enfrentar casos de violência nos deslocamentos diários. “O direito de ir e vir do cidadão não pode ser ignorado. É preciso uma ação imediata da Semob, em conjunto com o Seturn e os órgãos responsáveis pelo transporte urbano”, exige.
O morador do bairro de Brasília Teimosa, Fernando Luiz Costa, diz que os relatos de assaltos são freqüentes na região. “É inadmissível que o Poder Público deixe os cidadãos dos bairros desassistidos à mercê das atitudes arbitrárias dos empresários do setor. Há mais de dois meses que esperamos por uma solução efetiva e não vemos nada mudar. Queremos que a Semob exija o redirecionamento de outras linhas para circular pelas paradas do bairro”, reclama o morador. Ele exemplifica o transtorno diário dos vizinhos de comunidade com o caso da sua esposa, que precisa pegar três ônibus para chegar à faculdade onde estuda, gastando mais com o transporte e ainda correndo o risco de sofrer alguma violência no percurso para casa.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Márcio Sá, afirma que já estão sendo estudadas novas soluções para o problema. “Estamos organizando um espaço de discussão com os representantes do movimento e os moradores dos bairros envolvidos na suspensão das linhas 03, 28 e 45. Queremos debater essas soluções em conjunto com as comunidades e avaliar o que poderá ser feito para resolver o caso em tempo hábil”, justifica Márcio Sá.
Fonte: Jornal de Hoje
Foto: Heracles Dantas
Populares realizaram protesto nesta manhã e cobraram solução para linhas extintas após falência da empresa Riograndense. |
“As linhas de ônibus extintas faziam um serviço que já era precário, mas atendia às necessidades de ir e vir dos moradores da comunidade. Com o fim dessas rotas, a Semob prometeu aumentar a frota em circulação das linhas 64 e 10, mas quem mora nos dez loteamentos que compõem o bairro sabe que o número de ônibus passando não aumentou e que a situação continua a mesma”, explica o professor da rede pública Eduardo de Sá Leitão, que faz parte do movimento SOS 28-03.
Ele afirma que a diretoria da Semob também disponibilizou um circular que trafegava nas principais paradas do bairro e dentro dos loteamentos, mas terminava a rota no ponto onde passavam as antigas linhas 03 e 28. “Além de só ter estado disponível por menos de uma semana, o circular não resolvia o problema de transporte da população, que continua a ter que se locomover por cerca de dois quilômetros para a parada mais próxima, onde passam as outras linhas”, declara o professor.
A agente comunitária de saúde e moradora do bairro Nova Natal, Andréa Alexandre, defende que a Semob deve tomar medidas urgentes para resolver o desgaste que a população enfrenta tendo que percorrer grandes distâncias, pegar um maior número de conduções e enfrentar casos de violência nos deslocamentos diários. “O direito de ir e vir do cidadão não pode ser ignorado. É preciso uma ação imediata da Semob, em conjunto com o Seturn e os órgãos responsáveis pelo transporte urbano”, exige.
O morador do bairro de Brasília Teimosa, Fernando Luiz Costa, diz que os relatos de assaltos são freqüentes na região. “É inadmissível que o Poder Público deixe os cidadãos dos bairros desassistidos à mercê das atitudes arbitrárias dos empresários do setor. Há mais de dois meses que esperamos por uma solução efetiva e não vemos nada mudar. Queremos que a Semob exija o redirecionamento de outras linhas para circular pelas paradas do bairro”, reclama o morador. Ele exemplifica o transtorno diário dos vizinhos de comunidade com o caso da sua esposa, que precisa pegar três ônibus para chegar à faculdade onde estuda, gastando mais com o transporte e ainda correndo o risco de sofrer alguma violência no percurso para casa.
O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Márcio Sá, afirma que já estão sendo estudadas novas soluções para o problema. “Estamos organizando um espaço de discussão com os representantes do movimento e os moradores dos bairros envolvidos na suspensão das linhas 03, 28 e 45. Queremos debater essas soluções em conjunto com as comunidades e avaliar o que poderá ser feito para resolver o caso em tempo hábil”, justifica Márcio Sá.
Fonte: Jornal de Hoje
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