Agrale quer entrar para o clube do bilhão até dezembro

Para alcançar o alvo, fabricante de veículos do sul prioriza venda de chassis de ônibus e tratores

A Agrale parece não estar sentindo os solavancos da crise econômica mundial. Além de expandir duas das suas três fábricas em Caxias do Sul, a companhia ainda prevê um aumento de mais de 10% no faturamento. “Com um forte trabalho de gestão e uma atuação em nichos no mercado automobilístico, conseguimos reagir bem à crise”, revela Flávio Crosa, diretor de Vendas da Agrale. Entre os produtos de nicho que conduzem a Agrale com suavidade em meio às turbulências da economia está o Marruá, uma caminhonete 4 x 4 que tem 80% de suas vendas direcionadas às forças armadas de países da América Latina e da África.

Embora o Marruá seja um dos campeões de vendas da Agrale, o presidente da companhia, Hugo Zattera, afirma que a prioridade é a venda de chassis de ônibus. A preferência é ancorada na parceria de mais de uma década entre a empresa e a Marcopolo, especialmente na produção da linha de ônibus Volare. Juntas, as empresas fornecerão neste ano 2 mil ônibus especiais para o programa Caminhos da Escola, do governo federal. A estratégia, somada à venda de tratores, será fundamental para que a companhia consiga alcançar receita de R$ 1 bilhão ainda neste ano – valor 10% maior que o alcançado em 2011.

O investimento da Agrale na ampliação de sua área fabril em Caxias do Sul demandará um aporte de R$ 10 milhões, com operação a pleno a partir de janeiro. O aumento de área, porém, não significa somente uma guinada na produção de veículos. “Pretendemos aumentar nosso espaço de armazenamento. Nossa produção é dependente das demandas.

Por enquanto, o que temos de área é o suficiente”, explica Ércio Lutkemeyer, diretor Industrial. A Agrale dispõe de 86 mil metros quadrados divididos em três unidades na cidade serrana. Com a expansão, a empresa ampliará em 20% a construção atual.

A região sul é o principal mercado da companhia no Brasil. Do Paraná para baixo, a Agrale colhe 60% de sua receita anual. Apenas 10% da fabricação tem como destino o mercado externo.

Fonte: Amanhã