Seturn afirma que não houve tempo para alterar valor da tarifa nas roletas dos ônibus

A redução no valor da tarifa do sistema de transporte coletivo, aprovada ontem pelos vereadores na Câmara Municipal de Natal, só entra em vigor amanhã, quando os usuários voltarão a pagar R$ 2,20 pela tarifa de ônibus. Empresários dizem que não houve tempo hábil para a mudança no sistema de cobrança.

O diretor de Comunicação do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), empresário Augusto Maranhão, informou que, por conta do decreto legislativo só ter sido publicado no Diário Oficial do Município na manhã desta sexta-feira (7), não houve tempo hábil para fazer as mudanças necessárias de dados no sistema de informática, que levam as informações para as catracas eletrônicas dentro dos ônibus.

Augusto Maranhão explicou que por ocasião da assinatura da portaria municipal de número 047/2012, que havia elevado para 2,40 o valor da tarifa em 27 de agosto, a prefeitura comunicou oficialmente e por escrito, a mudança tarifária. Daí, segundo Maranhão, deu tempo para que a mudança de dados fosse realizada no setor de informática até à meia noite, possibilitando que no dia seguinte já entrasse em vigor aquela nova tarifa.

No caso do decreto legislativo aprovado na Câmara, Maranhão afirmou que a assessoria jurídica do Seturno ficou esperando até às 18 horas, quando termina o expediente de trabalho, por alguma informação da Câmara, que acabou não chegando ao Sindicato.
Segundo Maranhão, por conta disso os ônibus saíram das garagens ao amanhecer do dia com as catracas programadas para receberem o sinal eletrônico da tarifa no valor de R$ 2,40.

Em relação aos usuários que já compraram passagens no valor de R$ 2,40, Maranhão disse que não haverá prejuízo, porque o cartão funciona como um cartão de crédito normal, o usuário paga o valor da tarifa anterior e fica com saldo financeiro para continuar usando no pagamento da passagem.

Augusto Maranhão declarou, também, que nesta segunda-feita os diretores das seis empresas que continuam prestando o serviço de transporte coletivo, vão se reunir para ver onde poderão reduzir custos, como também irão definir as medidas jurídicas a serem tomadas, se for o caso, em relação ao decreto legislativo da Câmara. Ele disse que os empresário do setor de transporte coletivo também vão tentar negociar, com o município e o governo estadual, uma redução das alíquotas dos impostos, de ISS e ICMS para óleo diesel, como já ocorrem em capitais como Curitiba (PR), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE) e São Paulo (SP), "como forma de desonerar os custos do sistema de transporte coletivo".

Fonte: Tribuna do Norte