Auditoria de segurança viária em BRT diminui acidentes em até 40%
Iimplantação correta de corredores aumenta segurança; sem medidas preventivas, índice de acidentes pode subir.
Foto: Cynthia Castro
O estudo “Segurança Viária em Corredores de Ônibus” foi divulgado esta semana, durante um evento paralelo à Rio+20, pela Embarq – organização que trabalha pelo transporte sustentável. O documento mostra as diretrizes para integrar a segurança viária ao planejamento, projeto, e operação de sistemas BRT (Bus Rapid Transit), corredores e faixas exclusivas de ônibus. Segundo o diretor-presidente da Embarq Brasil, Luis Antonio Lindau, doutor em transporte e especialista em mobilidade urbana, se for feita uma auditoria de segurança viária antes e durante a implantação do projeto, a experiência mundial mostra que a redução de acidentes pode ser de 30% a 40%.
O Brasil vai passar por um grande programa de implantação de BRTs nos próximos anos. É importante, então, pensar em medidas de engenharia para tornar os projetos mais seguros. Travessia adequada de pedestres é uma das formas de se oferecer segurança. Faixas de BRT no contra fluxo aumentam os riscos, conforme Lindau. “É importante mencionar que nem todos BRTs vão salvar vidas. Para que isso aconteça, é fundamental pensar antes na implantação de uma engenharia de segurança”, diz. O estudo da Embarq foi publicado em português, inglês e espanhol. Está disponível no site da entidade.
As diretrizes do estudo estão baseadas em resultados de um projeto de pesquisa que avaliou segurança, operações e acessibilidade em grandes corredores de ônibus e sistemas BRT de várias cidades do mundo. Algumas conclusões principais são que os pedestres correspondem com a maioria das fatalidades ocorridas em todos os corredores de ônibus e que a segurança depende da concepção global da via e não apenas da infraestrutura dos ônibus.
Sistemas BRT com corredores centrais e estações fechadas são a opção mais segura em termos de design técnico. O contra fluxo, quando os ônibus circulam no sentido oposto ao sentido do tráfego misto, é o mais perigoso tipo de configuração para um corredor de ônibus. E o estudo mostrou também que os tipos mais comuns de colisões de veículos em sistemas BRT ocorrem quando carros fazem conversões proibidas à esquerda, atravessando os corredores e colidindo com ônibus que vêm em sentido contrário.
De acordo com o estudo da Embarq, o BRT Macrobús, em Guadalajara, no México, registrou redução de acidentes em 46%, em média. Em Bogotá, depois da implantação do primeiro corredor Transmilênio, houve redução de 60% das mortes em uma avenida. Mas nem todos os sistemas de corredores de ônibus têm impacto positivo sobre a segurança. Conforme o estudo, o corredor de ônibus da avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte (MG), “continua sendo a via com as maiores frequências de acidentes em toda a cidade, apesar da presença de um corredor de ônibus em faixas centrais”.
De qualquer forma, segundo Luis Antonio Lindau, esses problemas da Cristiano Machado foram constatados na versão passada de corredor exclusivo e que ainda não era BRT. “Agora, a versão BRT que está sendo implantada, com travessias de pedestres, vem com o objetivo de reverter o quadro anterior”, acredita.
Fonte: Agência CNT
Foto: Cynthia Castro
O estudo “Segurança Viária em Corredores de Ônibus” foi divulgado esta semana, durante um evento paralelo à Rio+20, pela Embarq – organização que trabalha pelo transporte sustentável. O documento mostra as diretrizes para integrar a segurança viária ao planejamento, projeto, e operação de sistemas BRT (Bus Rapid Transit), corredores e faixas exclusivas de ônibus. Segundo o diretor-presidente da Embarq Brasil, Luis Antonio Lindau, doutor em transporte e especialista em mobilidade urbana, se for feita uma auditoria de segurança viária antes e durante a implantação do projeto, a experiência mundial mostra que a redução de acidentes pode ser de 30% a 40%.
O Brasil vai passar por um grande programa de implantação de BRTs nos próximos anos. É importante, então, pensar em medidas de engenharia para tornar os projetos mais seguros. Travessia adequada de pedestres é uma das formas de se oferecer segurança. Faixas de BRT no contra fluxo aumentam os riscos, conforme Lindau. “É importante mencionar que nem todos BRTs vão salvar vidas. Para que isso aconteça, é fundamental pensar antes na implantação de uma engenharia de segurança”, diz. O estudo da Embarq foi publicado em português, inglês e espanhol. Está disponível no site da entidade.
As diretrizes do estudo estão baseadas em resultados de um projeto de pesquisa que avaliou segurança, operações e acessibilidade em grandes corredores de ônibus e sistemas BRT de várias cidades do mundo. Algumas conclusões principais são que os pedestres correspondem com a maioria das fatalidades ocorridas em todos os corredores de ônibus e que a segurança depende da concepção global da via e não apenas da infraestrutura dos ônibus.
Sistemas BRT com corredores centrais e estações fechadas são a opção mais segura em termos de design técnico. O contra fluxo, quando os ônibus circulam no sentido oposto ao sentido do tráfego misto, é o mais perigoso tipo de configuração para um corredor de ônibus. E o estudo mostrou também que os tipos mais comuns de colisões de veículos em sistemas BRT ocorrem quando carros fazem conversões proibidas à esquerda, atravessando os corredores e colidindo com ônibus que vêm em sentido contrário.
De acordo com o estudo da Embarq, o BRT Macrobús, em Guadalajara, no México, registrou redução de acidentes em 46%, em média. Em Bogotá, depois da implantação do primeiro corredor Transmilênio, houve redução de 60% das mortes em uma avenida. Mas nem todos os sistemas de corredores de ônibus têm impacto positivo sobre a segurança. Conforme o estudo, o corredor de ônibus da avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte (MG), “continua sendo a via com as maiores frequências de acidentes em toda a cidade, apesar da presença de um corredor de ônibus em faixas centrais”.
De qualquer forma, segundo Luis Antonio Lindau, esses problemas da Cristiano Machado foram constatados na versão passada de corredor exclusivo e que ainda não era BRT. “Agora, a versão BRT que está sendo implantada, com travessias de pedestres, vem com o objetivo de reverter o quadro anterior”, acredita.
Fonte: Agência CNT
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