Reunião entre advogados da Busscar e de trabalhadores termina sem acordo
Sindicato dos Mecânicos de Joinville diz que Plano de Recuperação Judicial proposto pela empresa prejudica trabalhadores. Entidade sindical denuncia possível fraude em dívida da Tecnofibras, empresa do grupo, e pede mudança de gestão da Busscar.
O caso Busscar, encarroçadora que está em crise desde 2008, caminhando para 22 meses sem pagar salários, e que agora apresenta um plano de recuperação judicial, ganha um novo capítulo a cada dia, nesta fase que parece ser a final e que deve determinar se a empresa vai se reerguer ou se terá a falência decretada.
Da mesma forma que surgem informações de novos pedidos, como os 39 veículos encomendados recentemente, e os produtos voltam a ter notoriedade, como o Busscar Miduss, o Ônibus do Globo Esporte, trabalhadores e empresa ainda não se entenderam. O Sindicato dos Mecânicos de Joinville, em Santa Catarina, cidade sede da encarroçadora, evidencia que não vai aceitar o plano de recuperação apresentado pela Busscar.
O ponto mais polêmico é em relação aos descontos dos valores das dívidas trabalhistas. Em seu plano, a Busscar propõe redução no valor dos débitos, para todos os credores, que varia entre 7% e 95%.
Prova da falta de compasso entre a Busscar e o sindicato dos trabalhadores foi a reunião entre a entidade trabalhista e os advogados da indústria, que ocorreu na última sexta-feira, dia 20 de janeiro de 2012.
Apesar das discussões, o encontro não trouxe avanços significativos. O Sindicato contesta a lisura da administração da Busscar na condução da situação. Em nota à imprensa, a entidade pede a mudança de gestão e dos controladores da empresa, que já foi uma das maiores encarroçadoras de ônibus do País e se destacou ao longo da história ao lançar modelos como o Diplomata, o EL Buss, o Jum Buss e o Urbanuss, todos que tiveram várias versões.
A entidade sindical aponta para possíveis irregularidades cometidas pelos responsáveis pela Busscar que teriam supostamente sido cometidas na empresa Tecnofibras, do grupo da encarroçadora, que fabrica peças de plástico e fibra para ônibus e caminhões.
O Sindicato dos Mecânicos de Joinville diz que pode ter havido manobras na Assembléia de Trabalhadores da Tecnofibras e que os salários dos funcionários teriam sido atrasados propositadamente para que entrassem também na lista de credores e posteriormente recebessem com descontos, a menos portanto, como prevê o plano de recuperação. Além disso, suspeita o sindicato, que salários estariam sendo pagos “por fora”.
Os sindicalistas também dizem ter conhecimento da intenção da Busscar de vender a Tecnofibras antes da aprovação ou rejeição do plano de recuperação fiscal. Em nota, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, critica a postura das empresas de ônibus Gidion e Transtusa por ter encomendado veículos da Busscar. O sindicato alega que, indiretamente, ao fazer as encomendas antes da definição judicial sobre o caso, as viações, que não têm nada a ver com a crise, incentivam possíveis práticas ilegais que estariam sendo cometidas pela Busscar.
A Busscar está com a produção em ritmo lento desde 2008, quando iniciou sua segunda fase de dificuldade financeira. A primeira foi entre 2002 e 2003. Na ocasião, a Busscar atribuiu a crise às instabilidades no câmbio, o que teria prejudicado a empresa em negócios internacionais. Na época, a Busscar havia conseguido empréstimos para se reerguer, inclusive por parte do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
As dificuldades que tiveram início em 2008 foram justificadas pela empresa pela crise econômica mundial daquele ano, que restringiu créditos e financiamentos. Mas analistas dizem que o real fato de a Busscar ter decaído em 2008 foi a não recuperação da crise de 2002 – 2003 motivada por uma suposta “má administração”. Tais analistas alegam que não só a Busscar, mas outras encarroçadoras e também outros setores enfrentaram a mesma restrição de crédito e nem por isso entraram em crise no Brasil.
As dívidas da Busscar acumulam cerca de R$ 700 milhões. Antes da crise, a empresa contava com 5 mil funcionários aproximadamente. Hoje são cerca de 900. A reportagem tentou mas não conseguiu contato com a Busscar, a Tecnofibras e as empresas de ônibus citadas Gidion e Transtusa.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
( O texto abaixo é do sindicato e não reflete necessariamente a posição da reportagem)
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região, diante dos recentes fatos divulgados em relação à pretensa recuperação judicial da empresa Busscar, à liberação antecipada de um terreno – antes da assembleia geral de credores que dirá se aceita ou não o referido plano – e algumas ilações da equipe de advogados que agora representa a empresa, informa que se reuniu na manhã desta segunda-feira (20) e decidiu informar sobre alguns temas e ações que vai tomar, como segue:
1 – A reunião com os advogados que representam a empresa na última sexta-feira (20) se revelou infrutífera diante da falta de diálogo e novidades em relação ao que os trabalhadores pretendem, ou seja, mudanças reais no comando, na gestão, no modo de administrar, e de novos investidores, coisas que o Sindicato já cobrava há anos. Diante da negativa de negociação, a diretoria do Sindicato se retirou da mesa por não haver mais o que conversar diante do descaso reinante, mais uma vez.
2 – Diante da proposta constante do Plano de Recuperação Judicial de até 37% dos valores que os trabalhadores tem a receber da Busscar, proposta absurda diante do atraso de 21 meses de salário, mais décimos terceiros, o Sindicato apresentou sim sua proposta: pagamento de todos os direitos dos trabalhadores, com juros e correção monetária como já está na sentença da Justiça do Trabalho. Essa é a proposta do Sindicato diante da manutenção do atual status da empresa, com manutenção de tudo o que a levou a essa fase terminal.
3 – Em nome dos trabalhadores, o Sindicato não pode concordar com uma proposta que retira direitos de quem não recebe um centavo há quase dois anos, e que além de conceder descontos, teria que aguardar mais seis meses de carência para início do pagamento. Resumindo: os trabalhadores teriam que aceitar receber com descontos o que lhes devem em um prazo que pode chegar a cinco anos! Inadmissível.
4 – Do quadro atual dos credores da Busscar, os únicos que não vêem a cor do seu dinheiro há quase dois anos são os trabalhadores. Outros credores e fornecedores já receberam partes em algum momento, alguns até ainda enviam pedidos e matérias primas para manter esse estado falimentar que desrespeita direitos básicos dos trabalhadores. Mais uma razão para a negação deste plano.
5 – Não só o Sindicato e trabalhadores estão contra esse Plano, mas outros credores, fornecedores, que darão a resposta na Assembleia Geral que ainda não tem data marcada. Esse Plano tem de mudar, e muito, mas só mudará quando mudar a administração, a gestão, os processos, e com novos investidores. Da forma que está, nada mudou e nada mudará na Busscar. Haja vista as atuais propostas, e jogo via mídia e imprensa para tumultuar e confundir os trabalhadores e a sociedade. A atual forma e comando são filmes antigos. Aliás, até o laudo da famosa Deloitte se exime de garantir o plano!
6 – Há denuncias vindas da Tecnofibras, que serão apuradas junto com o Sindicato dos Plásticos que é comandado com força e capacidade por seu presidente Reinaldo Schroeder, de que já houve até uma manobra para “engordar” a votação na assembleia com aqueles trabalhadores: parte dos salários teria sido atrasada propositalmente para que essa dívida entrasse no quadro de credores! E mais, que isso teria sido pago por fora recentemente. Se isso for confirmado, de que recuperação judicial estaremos participando? Uma fraude?
Juntamente com o Sindicato dos Plásticos, o Sindicato vai investigar e interferir com os meios legais disponíveis.
7 – E ainda sobre a Tecnofibras: além dessa manobra que tem como objetivo manobrar os trabalhadores para que votem a favor, há outro ensaio em vista: a venda da empresa antes mesmo do plano ser analisado pela Assembleia Geral de Credores, assim como já foi conseguida a liberação do terreno! A Justiça não pode permitir que mais um bem que visa garantir direitos dos trabalhadores seja vendido sem que os trabalhadores sejam integralmente pagos.
8 – O Sindicato também alerta as empresa Gidion e Transtusa, que enviaram pedidos para a Busscar, que elas estão apoiando ilegalidades flagrantes da empresa que burla as leis trabalhistas pagando um “mensalinho”, diárias apenas a alguns trabalhadores que ainda estão no chão de fábrica. Não fica bem para grandes empresas como elas apoiarem tamanhas ilegalidades, em um mundo que exige cada vez mais transparência, legalidades, leis de qualidade (ISO).
9 – O Sindicato informa a todos os trabalhadores que são associados, ou que tenham ingressado com ações judiciais via departamento jurídico do Sindicato, que enviará carta a suas residências informando todos os passos já tomados, e os próximos que virão antes da famosa assembleia geral de credores, de forma correta, direta e em defesa dos seus direitos. Quem estiver com os dados incorretos no endereço, deve informar ao sindicato e buscar essas informações na sede central.
10 – O Sindicato informa, finalmente, que está organizando reuniões preparatórias com todos os trabalhadores da Busscar, ligados, desligados, em processo e os que ainda estão atuando na empresa – os trabalhos estão praticamente parados – para realizar em data a ser marcada, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Busscar que ainda terá pauta específica a ser construída. O Sindicato alerta também para que todos os trabalhadores não assinem quaisquer documentos, cartas e outros que a empresa enviar para suas casas, para evitar problemas jurídicos futuros com informações sem o aval do seu Sindicato.
11 – E para encerrar: o Sindicato quer que a empresa inicie o pagamento correto mensal a todos que estão ligados a ela, conforme manda a lei de recuperação judicial. Antes de exigir cortes de direitos, de pagar mensalinhos, a Busscar tem de cumprir a lei, pagar o que deve a todos os trabalhadores, os grandes responsáveis por fazer dela a marca forte que agora está nesta situação.
Texto Inicial: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Nota: Sindicato dos Mecânicos de Joinville.
Fonte: OnibusBrasil.com
Ônibus da Busscar. O caso Busscar a cada dia ganha novos capítulos. Ao mesmo tempo que a empresa anuncia um plano de recuperação determinado pela Justiça e que seus produtos começam a ter notoriedade novamente, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, que representa os trabalhadores da empresa, diz que não deve aceitar o plano de recuperação da Busscar, o que pode determinar sua falência.
O caso Busscar, encarroçadora que está em crise desde 2008, caminhando para 22 meses sem pagar salários, e que agora apresenta um plano de recuperação judicial, ganha um novo capítulo a cada dia, nesta fase que parece ser a final e que deve determinar se a empresa vai se reerguer ou se terá a falência decretada.
Da mesma forma que surgem informações de novos pedidos, como os 39 veículos encomendados recentemente, e os produtos voltam a ter notoriedade, como o Busscar Miduss, o Ônibus do Globo Esporte, trabalhadores e empresa ainda não se entenderam. O Sindicato dos Mecânicos de Joinville, em Santa Catarina, cidade sede da encarroçadora, evidencia que não vai aceitar o plano de recuperação apresentado pela Busscar.
O ponto mais polêmico é em relação aos descontos dos valores das dívidas trabalhistas. Em seu plano, a Busscar propõe redução no valor dos débitos, para todos os credores, que varia entre 7% e 95%.
Prova da falta de compasso entre a Busscar e o sindicato dos trabalhadores foi a reunião entre a entidade trabalhista e os advogados da indústria, que ocorreu na última sexta-feira, dia 20 de janeiro de 2012.
Apesar das discussões, o encontro não trouxe avanços significativos. O Sindicato contesta a lisura da administração da Busscar na condução da situação. Em nota à imprensa, a entidade pede a mudança de gestão e dos controladores da empresa, que já foi uma das maiores encarroçadoras de ônibus do País e se destacou ao longo da história ao lançar modelos como o Diplomata, o EL Buss, o Jum Buss e o Urbanuss, todos que tiveram várias versões.
A entidade sindical aponta para possíveis irregularidades cometidas pelos responsáveis pela Busscar que teriam supostamente sido cometidas na empresa Tecnofibras, do grupo da encarroçadora, que fabrica peças de plástico e fibra para ônibus e caminhões.
O Sindicato dos Mecânicos de Joinville diz que pode ter havido manobras na Assembléia de Trabalhadores da Tecnofibras e que os salários dos funcionários teriam sido atrasados propositadamente para que entrassem também na lista de credores e posteriormente recebessem com descontos, a menos portanto, como prevê o plano de recuperação. Além disso, suspeita o sindicato, que salários estariam sendo pagos “por fora”.
Os sindicalistas também dizem ter conhecimento da intenção da Busscar de vender a Tecnofibras antes da aprovação ou rejeição do plano de recuperação fiscal. Em nota, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville, critica a postura das empresas de ônibus Gidion e Transtusa por ter encomendado veículos da Busscar. O sindicato alega que, indiretamente, ao fazer as encomendas antes da definição judicial sobre o caso, as viações, que não têm nada a ver com a crise, incentivam possíveis práticas ilegais que estariam sendo cometidas pela Busscar.
A Busscar está com a produção em ritmo lento desde 2008, quando iniciou sua segunda fase de dificuldade financeira. A primeira foi entre 2002 e 2003. Na ocasião, a Busscar atribuiu a crise às instabilidades no câmbio, o que teria prejudicado a empresa em negócios internacionais. Na época, a Busscar havia conseguido empréstimos para se reerguer, inclusive por parte do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
As dificuldades que tiveram início em 2008 foram justificadas pela empresa pela crise econômica mundial daquele ano, que restringiu créditos e financiamentos. Mas analistas dizem que o real fato de a Busscar ter decaído em 2008 foi a não recuperação da crise de 2002 – 2003 motivada por uma suposta “má administração”. Tais analistas alegam que não só a Busscar, mas outras encarroçadoras e também outros setores enfrentaram a mesma restrição de crédito e nem por isso entraram em crise no Brasil.
As dívidas da Busscar acumulam cerca de R$ 700 milhões. Antes da crise, a empresa contava com 5 mil funcionários aproximadamente. Hoje são cerca de 900. A reportagem tentou mas não conseguiu contato com a Busscar, a Tecnofibras e as empresas de ônibus citadas Gidion e Transtusa.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DO SINDICATO DOS MECÂNICOS DE JOINVILLE
( O texto abaixo é do sindicato e não reflete necessariamente a posição da reportagem)
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região, diante dos recentes fatos divulgados em relação à pretensa recuperação judicial da empresa Busscar, à liberação antecipada de um terreno – antes da assembleia geral de credores que dirá se aceita ou não o referido plano – e algumas ilações da equipe de advogados que agora representa a empresa, informa que se reuniu na manhã desta segunda-feira (20) e decidiu informar sobre alguns temas e ações que vai tomar, como segue:
1 – A reunião com os advogados que representam a empresa na última sexta-feira (20) se revelou infrutífera diante da falta de diálogo e novidades em relação ao que os trabalhadores pretendem, ou seja, mudanças reais no comando, na gestão, no modo de administrar, e de novos investidores, coisas que o Sindicato já cobrava há anos. Diante da negativa de negociação, a diretoria do Sindicato se retirou da mesa por não haver mais o que conversar diante do descaso reinante, mais uma vez.
2 – Diante da proposta constante do Plano de Recuperação Judicial de até 37% dos valores que os trabalhadores tem a receber da Busscar, proposta absurda diante do atraso de 21 meses de salário, mais décimos terceiros, o Sindicato apresentou sim sua proposta: pagamento de todos os direitos dos trabalhadores, com juros e correção monetária como já está na sentença da Justiça do Trabalho. Essa é a proposta do Sindicato diante da manutenção do atual status da empresa, com manutenção de tudo o que a levou a essa fase terminal.
3 – Em nome dos trabalhadores, o Sindicato não pode concordar com uma proposta que retira direitos de quem não recebe um centavo há quase dois anos, e que além de conceder descontos, teria que aguardar mais seis meses de carência para início do pagamento. Resumindo: os trabalhadores teriam que aceitar receber com descontos o que lhes devem em um prazo que pode chegar a cinco anos! Inadmissível.
4 – Do quadro atual dos credores da Busscar, os únicos que não vêem a cor do seu dinheiro há quase dois anos são os trabalhadores. Outros credores e fornecedores já receberam partes em algum momento, alguns até ainda enviam pedidos e matérias primas para manter esse estado falimentar que desrespeita direitos básicos dos trabalhadores. Mais uma razão para a negação deste plano.
5 – Não só o Sindicato e trabalhadores estão contra esse Plano, mas outros credores, fornecedores, que darão a resposta na Assembleia Geral que ainda não tem data marcada. Esse Plano tem de mudar, e muito, mas só mudará quando mudar a administração, a gestão, os processos, e com novos investidores. Da forma que está, nada mudou e nada mudará na Busscar. Haja vista as atuais propostas, e jogo via mídia e imprensa para tumultuar e confundir os trabalhadores e a sociedade. A atual forma e comando são filmes antigos. Aliás, até o laudo da famosa Deloitte se exime de garantir o plano!
6 – Há denuncias vindas da Tecnofibras, que serão apuradas junto com o Sindicato dos Plásticos que é comandado com força e capacidade por seu presidente Reinaldo Schroeder, de que já houve até uma manobra para “engordar” a votação na assembleia com aqueles trabalhadores: parte dos salários teria sido atrasada propositalmente para que essa dívida entrasse no quadro de credores! E mais, que isso teria sido pago por fora recentemente. Se isso for confirmado, de que recuperação judicial estaremos participando? Uma fraude?
Juntamente com o Sindicato dos Plásticos, o Sindicato vai investigar e interferir com os meios legais disponíveis.
7 – E ainda sobre a Tecnofibras: além dessa manobra que tem como objetivo manobrar os trabalhadores para que votem a favor, há outro ensaio em vista: a venda da empresa antes mesmo do plano ser analisado pela Assembleia Geral de Credores, assim como já foi conseguida a liberação do terreno! A Justiça não pode permitir que mais um bem que visa garantir direitos dos trabalhadores seja vendido sem que os trabalhadores sejam integralmente pagos.
8 – O Sindicato também alerta as empresa Gidion e Transtusa, que enviaram pedidos para a Busscar, que elas estão apoiando ilegalidades flagrantes da empresa que burla as leis trabalhistas pagando um “mensalinho”, diárias apenas a alguns trabalhadores que ainda estão no chão de fábrica. Não fica bem para grandes empresas como elas apoiarem tamanhas ilegalidades, em um mundo que exige cada vez mais transparência, legalidades, leis de qualidade (ISO).
9 – O Sindicato informa a todos os trabalhadores que são associados, ou que tenham ingressado com ações judiciais via departamento jurídico do Sindicato, que enviará carta a suas residências informando todos os passos já tomados, e os próximos que virão antes da famosa assembleia geral de credores, de forma correta, direta e em defesa dos seus direitos. Quem estiver com os dados incorretos no endereço, deve informar ao sindicato e buscar essas informações na sede central.
10 – O Sindicato informa, finalmente, que está organizando reuniões preparatórias com todos os trabalhadores da Busscar, ligados, desligados, em processo e os que ainda estão atuando na empresa – os trabalhos estão praticamente parados – para realizar em data a ser marcada, a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Busscar que ainda terá pauta específica a ser construída. O Sindicato alerta também para que todos os trabalhadores não assinem quaisquer documentos, cartas e outros que a empresa enviar para suas casas, para evitar problemas jurídicos futuros com informações sem o aval do seu Sindicato.
11 – E para encerrar: o Sindicato quer que a empresa inicie o pagamento correto mensal a todos que estão ligados a ela, conforme manda a lei de recuperação judicial. Antes de exigir cortes de direitos, de pagar mensalinhos, a Busscar tem de cumprir a lei, pagar o que deve a todos os trabalhadores, os grandes responsáveis por fazer dela a marca forte que agora está nesta situação.
Texto Inicial: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Nota: Sindicato dos Mecânicos de Joinville.
Fonte: OnibusBrasil.com
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Notícias
este sindicato quer é quebrar a empresa mesmo, nao esta defendendo os fucionarios
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