Mobilidade urbana tem muitos projetos e pouca ação

No período no qual o termo da moda é "Mobilidade Urbana", a situação do trânsito em Natal mostra que a cidade está na contramão do que é defendido pelos estudiosos do tema. Com uma frota de veículos e motocicletas crescendo a cada dia, o transporte público de massa acaba se tornando uma segunda opção para a maioria dos natalenses. A qualidade dos serviços prestados pelas empresas de ônibus foi julgada como ruim ou péssima por 47,42% dos entrevistados. O número reduzido de determinadas linhas, o valor da tarifa, a inconstância dos horários e a falta de mais veículos adaptados aos usuários portadores de necessidades especiais, são falhas apontadas pelos dependentes do sistema.

Nas ruas de Natal, 696 veículos cobrem 73% da área do município. Ou seja, 124 quilômetros quadrados com as atuais 95 linhas estabelecidas pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). As sete empresas de transporte coletivo transportam, mensalmente, mais de 8,2 milhões de passageiros.

A expectativa é de que o serviço de transporte público em Natal sofra melhorias após a licitação para concessão de exploração dos serviços de transporte. O setor vive de permissões concedidas pela Prefeitura de Natal desde 1990.

Na mesma linha de reprovação, está a organização do trânsito em Natal. Dos 700 entrevistados, 46,29% analisaram a dispensação de placas verticais e sinalização horizontal, sincronia dos semáforos e disponibilidade de fiscais de trânsito da Semob em pontos estratégicos, como insatisfatória.

Fonte: Tribuna do Norte