Só lembranças...
Valério Mesquita - Escritor
Já não se faz política como antigamente. O deputado Theodorico Bezerra, dava a vida por sua amada Santa Cruz. Certa vez, conta o folclore político, sabedor que a cidade de Nova Cruz ganharia uma agência dos correios e telégrafos, o "majó" mexeu na roleta. Foi ao Diário Oficial (D.O.) e lá, conseguiu, não se sabe como, trocar os nomes. Ao invés de "Nova Cruz", o ato foi oficializado para "Santa Cruz". Passados alguns meses, um curioso jornalista quis saber: ""Majó", como foi aquele caso dos correios? Como foi a mudança?". O veterano líder, com o hábito sertanejo de passar a mão no queixo, respondeu: "Meu filho, eu sou um velho de setenta e cinco anos. De forma que só me lembro das coisas de seis horas da manhã, pra cá. Como a manhã já passou já esqueci tudo...".
02) Nas passadas tardes amenas da cidade de Macau, amigos se encontram para prosar assuntos diversos. Certa vez, o juiz da comarca, o nosso querido doutor Silvio Caldas, em conversa com o delegado major Maia, trouxe à baila um assunto do fórum. "Major, estou com um problema sério. Aquele ordenança que o senhor me pôs à disposição, é muito relapso. Falta demais ao trabalho. Estou pensando em devolvê-lo". "Ora, doutor juiz", disse o militar, "Isso é fácil, difícil é o meu problema. Veja bem: Chico Coxó, meu escrivão e carcereiro, agora deu para "emprestar a traseira", que não tem quem aguente. Imagine o senhor que eu já o ameacei botá-lo no xilindró por uma semana. Ai ele disse: Ôba! Tem uma cela com cinco presos; me bote lá!!".
03) O líder bacurau Chico Carlos, do município de Dix-Sept Rosado, comprava qualquer mercadoria e dependendo do caso, não queria o troco. Certa vez, o velho Chico ao comprar uns ovos, reclamou ao comerciante: "Que danado de ovos pequenos são esses, Zé Bilau? Essas galinhas não se acanham ou você tá comprando porque é barato somente pra vender caro?" Zé Bilau, quarenta anos de comércio, retrucou: "Prefeito, o senhor reclama do tamanho do ovo, porque não saiu do seu fiofó. As galinhas estão até agradecidas pela redução espontânea dos ovinhos... Pimenta nos olhos dos outros é refresco".
04) Essa história foi tão real, contada e decantada, de forma que hoje virou cena de DVD. José Barbosa, o Zé Doido lá de Angicos, fez até promessa para ser eleito vereador. A romaria consistia em subir de joelhos a rampa até esbarrar nos pés da estátua do "Padim Pade Ciço". De chegada, no meio da multidão, Zé Doido perdeu-se da esposa. Desolado, sentou-se num banco da praça, junto a um moço, que também perdera a companheira. "Imagine o senhor", disse o homem, "perdi minha esposa!". Isso dito com voz embargada, quase chorando. Zé o consolou: "Também perdi a minha". O jovem subiu a cotação da sua: "A minha é de fazer inveja a miss Marta Rocha. Lábios de mel, um busto que mais parece duas maçãs, um bumbum empinado, tipo assim 18 x 24, pernas torneadas, uma pintura, amigo!". "Oh! Não me diga. Nem me fale mais", interrompeu Zé Doido coçando a cabeça. "E a sua, amigo, fale-me dela", pediu o rapaz. Zé Doido, levantando-se respirou fundo e sentenciou: "Amigo, vamos procurar a sua. A minha é uma catraia e quem a encontrar que se lasque pra lá. O capeta que a carregue".
05) A Empresa Fátima, fazia a linha Mossoró/Natal, com ônibus novos e confortáveis. Numa dessas jornadas, lá estava o vereador Expedito Bolão, com uma ressaca braba, tendo ao lado uma senhora de fino trato, que naturalmente não comungava com o cheiro "bafo de onça" do Bolãozinho. Lá para as tantas, o vereador abriu as pernas, cheio de "mé", falando em voz alta: "Atenção senhores passageiros: o efeito da festa de ontem à noite começou a operar. Vai aí, o famoso flato batatal! Já está no ar, feito avião da Vasp. Para os incautos", concluiu Bolão, "flato, traduzido para o popular, é peido mesmo! Quem avisa amigo é!!". Depois dessa confissão de público, a socialite mossoroense levando a mão ao nariz, foi sentar-se sobre o motor do veículo, ao lado do motorista.
Fonte: Tribuna do Norte
Já não se faz política como antigamente. O deputado Theodorico Bezerra, dava a vida por sua amada Santa Cruz. Certa vez, conta o folclore político, sabedor que a cidade de Nova Cruz ganharia uma agência dos correios e telégrafos, o "majó" mexeu na roleta. Foi ao Diário Oficial (D.O.) e lá, conseguiu, não se sabe como, trocar os nomes. Ao invés de "Nova Cruz", o ato foi oficializado para "Santa Cruz". Passados alguns meses, um curioso jornalista quis saber: ""Majó", como foi aquele caso dos correios? Como foi a mudança?". O veterano líder, com o hábito sertanejo de passar a mão no queixo, respondeu: "Meu filho, eu sou um velho de setenta e cinco anos. De forma que só me lembro das coisas de seis horas da manhã, pra cá. Como a manhã já passou já esqueci tudo...".
02) Nas passadas tardes amenas da cidade de Macau, amigos se encontram para prosar assuntos diversos. Certa vez, o juiz da comarca, o nosso querido doutor Silvio Caldas, em conversa com o delegado major Maia, trouxe à baila um assunto do fórum. "Major, estou com um problema sério. Aquele ordenança que o senhor me pôs à disposição, é muito relapso. Falta demais ao trabalho. Estou pensando em devolvê-lo". "Ora, doutor juiz", disse o militar, "Isso é fácil, difícil é o meu problema. Veja bem: Chico Coxó, meu escrivão e carcereiro, agora deu para "emprestar a traseira", que não tem quem aguente. Imagine o senhor que eu já o ameacei botá-lo no xilindró por uma semana. Ai ele disse: Ôba! Tem uma cela com cinco presos; me bote lá!!".
03) O líder bacurau Chico Carlos, do município de Dix-Sept Rosado, comprava qualquer mercadoria e dependendo do caso, não queria o troco. Certa vez, o velho Chico ao comprar uns ovos, reclamou ao comerciante: "Que danado de ovos pequenos são esses, Zé Bilau? Essas galinhas não se acanham ou você tá comprando porque é barato somente pra vender caro?" Zé Bilau, quarenta anos de comércio, retrucou: "Prefeito, o senhor reclama do tamanho do ovo, porque não saiu do seu fiofó. As galinhas estão até agradecidas pela redução espontânea dos ovinhos... Pimenta nos olhos dos outros é refresco".
04) Essa história foi tão real, contada e decantada, de forma que hoje virou cena de DVD. José Barbosa, o Zé Doido lá de Angicos, fez até promessa para ser eleito vereador. A romaria consistia em subir de joelhos a rampa até esbarrar nos pés da estátua do "Padim Pade Ciço". De chegada, no meio da multidão, Zé Doido perdeu-se da esposa. Desolado, sentou-se num banco da praça, junto a um moço, que também perdera a companheira. "Imagine o senhor", disse o homem, "perdi minha esposa!". Isso dito com voz embargada, quase chorando. Zé o consolou: "Também perdi a minha". O jovem subiu a cotação da sua: "A minha é de fazer inveja a miss Marta Rocha. Lábios de mel, um busto que mais parece duas maçãs, um bumbum empinado, tipo assim 18 x 24, pernas torneadas, uma pintura, amigo!". "Oh! Não me diga. Nem me fale mais", interrompeu Zé Doido coçando a cabeça. "E a sua, amigo, fale-me dela", pediu o rapaz. Zé Doido, levantando-se respirou fundo e sentenciou: "Amigo, vamos procurar a sua. A minha é uma catraia e quem a encontrar que se lasque pra lá. O capeta que a carregue".
05) A Empresa Fátima, fazia a linha Mossoró/Natal, com ônibus novos e confortáveis. Numa dessas jornadas, lá estava o vereador Expedito Bolão, com uma ressaca braba, tendo ao lado uma senhora de fino trato, que naturalmente não comungava com o cheiro "bafo de onça" do Bolãozinho. Lá para as tantas, o vereador abriu as pernas, cheio de "mé", falando em voz alta: "Atenção senhores passageiros: o efeito da festa de ontem à noite começou a operar. Vai aí, o famoso flato batatal! Já está no ar, feito avião da Vasp. Para os incautos", concluiu Bolão, "flato, traduzido para o popular, é peido mesmo! Quem avisa amigo é!!". Depois dessa confissão de público, a socialite mossoroense levando a mão ao nariz, foi sentar-se sobre o motor do veículo, ao lado do motorista.
Fonte: Tribuna do Norte
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