Polícia sem pistas sobre ataques
Ricardo Araújo - repórter
Os atentados aos ônibus de Natal e região metropolitana, na sexta-feira e domingo passados, trouxeram à tona a discussão de um antigo problema: a segurança de passageiros, motoristas e cobradores. Desta vez, foram os furtos e as tentativas de incêndio aos automóveis, que intimidaram funcionários das empresas e usuários do sistema. Em janeiro deste ano, após o assassinato de um motorista da empresa Guanabara, representantes de classe e donos de empresas de ônibus, entregaram um ofício ao secretário estadual de Segurança Pública, Aldair da Rocha, solicitando mais segurança no transporte público. As ações, porém, se resumiram a poucos dias após a morte do trabalhador. Dos atentados da sexta-feira passada, nenhum responsável ou suposto mandante foi preso.
A titular da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Sheila Freitas, afirmou que iniciou ontem as oitivas acerca do que ocorreu na tarde da sexta-feira passada. Os suspeitos que haviam sido detidos momentos após o início dos atos de vandalismo, foram soltos na tarde do sábado. "Nós estamos no momento da coleta de informações, através das oitivas dos motoristas e cobradores que trabalhavam nos ônibus queimados", afirmou a delegada.
Ela disse que terá até 30 dias para finalizar o inquérito. Reiterou, porém, que não poderá se dedicar exclusivamente à investigação dos atentados pois tem muitos outros processos em aberto. Ressaltou, contudo que algumas linhas de investigação já foram traçadas, sendo a principal delas o motim da quarta-feira passada no Presídio Estadual de Alcaçuz e a transferência de 16 presos desta unidade prisional para a Penitenciária Federal de Mossoró.
"Cremos que os atentados tenham ligação com o motim de Alcaçuz. Em relação à ligação dos apenados com o PCC, precisaremos investigar mais as informações que colhemos", disse Sheila Freitas. Até a conclusão do inquérito, que poderá se estender por mais de 30 dias, ela espera ouvir entre 40 e 50 pessoas que presenciaram a ação dos vândalos.
Monitoramento
O sistema de monitoramento de um dos ônibus da empresa Guanabara, que foi parcialmente queimado, conseguiu captar a imagem de um dos homens que atearam fogo à condução. As imagens, porém, não foram divulgadas pela empresa a pedido do comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo. A insegurança nos ônibus e transportes alternativos em Natal, não se resumiram, porém, aos atos da semana passada.
Diariamente, os relatos de assaltos e atos de violência dentro das conduções, põem em xeque a sensação de segurança de quem precisa se locomover através de um transporte público. Ontem, representantes das empresas Guanabara, Via Sul, Cidade do Natal, Reunidas e Santa Maria, se reuniram para discutir sobre os recentes fatos. "Nós iremos conversar sobre o que aconteceu na sexta-feira. Iremos avaliar e verificar como serão cobradas as prevenções aquele tipo de ação", explicou o diretor da Guanabara, Fernando Queiroz.
Efetivo
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo, afirmou que diante dos fatos, a Secretaria Estadual de Segurança Pública decidiu por ampliar o efetivo de policiais nas ruas. "Nós tomamos as medidas e avaliamos que a transferência dos presos foi correta. Aumentamos o efetivo e colocamos barreiras em alguns pontos de Natal desde a tarde de hoje (ontem)", ressaltou o coronel. Sobre uma das cobranças dos empresários e da própria sociedade, a realização de blitzen nos transportes públicos, ele se antecipou.
"Decidimos realizar diligências nos ônibus, assim como fizemos no início do ano, depois do assassinato do motorista. Desde o início da tarde de hoje (ontem) estamos equipes nas ruas fazendo fiscalização. Incluímos, ainda, testes de bafômetro para os passageiros como uma medida cautelar", disse o coronel. Os veículos envolvidos nos atos de vandalismo ainda estão recolhidos no pátio das respectivas empresas para averiguação e catalogação dos danos. Levantamentos iniciais, orçam em R$ 50 mil os danos provocados pelo fogo.
Fonte: Tribuna do Norte
Os atentados aos ônibus de Natal e região metropolitana, na sexta-feira e domingo passados, trouxeram à tona a discussão de um antigo problema: a segurança de passageiros, motoristas e cobradores. Desta vez, foram os furtos e as tentativas de incêndio aos automóveis, que intimidaram funcionários das empresas e usuários do sistema. Em janeiro deste ano, após o assassinato de um motorista da empresa Guanabara, representantes de classe e donos de empresas de ônibus, entregaram um ofício ao secretário estadual de Segurança Pública, Aldair da Rocha, solicitando mais segurança no transporte público. As ações, porém, se resumiram a poucos dias após a morte do trabalhador. Dos atentados da sexta-feira passada, nenhum responsável ou suposto mandante foi preso.
A titular da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Sheila Freitas, afirmou que iniciou ontem as oitivas acerca do que ocorreu na tarde da sexta-feira passada. Os suspeitos que haviam sido detidos momentos após o início dos atos de vandalismo, foram soltos na tarde do sábado. "Nós estamos no momento da coleta de informações, através das oitivas dos motoristas e cobradores que trabalhavam nos ônibus queimados", afirmou a delegada.
Ela disse que terá até 30 dias para finalizar o inquérito. Reiterou, porém, que não poderá se dedicar exclusivamente à investigação dos atentados pois tem muitos outros processos em aberto. Ressaltou, contudo que algumas linhas de investigação já foram traçadas, sendo a principal delas o motim da quarta-feira passada no Presídio Estadual de Alcaçuz e a transferência de 16 presos desta unidade prisional para a Penitenciária Federal de Mossoró.
"Cremos que os atentados tenham ligação com o motim de Alcaçuz. Em relação à ligação dos apenados com o PCC, precisaremos investigar mais as informações que colhemos", disse Sheila Freitas. Até a conclusão do inquérito, que poderá se estender por mais de 30 dias, ela espera ouvir entre 40 e 50 pessoas que presenciaram a ação dos vândalos.
Monitoramento
O sistema de monitoramento de um dos ônibus da empresa Guanabara, que foi parcialmente queimado, conseguiu captar a imagem de um dos homens que atearam fogo à condução. As imagens, porém, não foram divulgadas pela empresa a pedido do comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo. A insegurança nos ônibus e transportes alternativos em Natal, não se resumiram, porém, aos atos da semana passada.
Diariamente, os relatos de assaltos e atos de violência dentro das conduções, põem em xeque a sensação de segurança de quem precisa se locomover através de um transporte público. Ontem, representantes das empresas Guanabara, Via Sul, Cidade do Natal, Reunidas e Santa Maria, se reuniram para discutir sobre os recentes fatos. "Nós iremos conversar sobre o que aconteceu na sexta-feira. Iremos avaliar e verificar como serão cobradas as prevenções aquele tipo de ação", explicou o diretor da Guanabara, Fernando Queiroz.
Efetivo
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Araújo, afirmou que diante dos fatos, a Secretaria Estadual de Segurança Pública decidiu por ampliar o efetivo de policiais nas ruas. "Nós tomamos as medidas e avaliamos que a transferência dos presos foi correta. Aumentamos o efetivo e colocamos barreiras em alguns pontos de Natal desde a tarde de hoje (ontem)", ressaltou o coronel. Sobre uma das cobranças dos empresários e da própria sociedade, a realização de blitzen nos transportes públicos, ele se antecipou.
"Decidimos realizar diligências nos ônibus, assim como fizemos no início do ano, depois do assassinato do motorista. Desde o início da tarde de hoje (ontem) estamos equipes nas ruas fazendo fiscalização. Incluímos, ainda, testes de bafômetro para os passageiros como uma medida cautelar", disse o coronel. Os veículos envolvidos nos atos de vandalismo ainda estão recolhidos no pátio das respectivas empresas para averiguação e catalogação dos danos. Levantamentos iniciais, orçam em R$ 50 mil os danos provocados pelo fogo.
Fonte: Tribuna do Norte
Tags:
Notícias