Secretária prevê mudar linhas de opcionais




Com a licitação do sistema de transporte da capital também estão previstas mudanças nas linhas dos transportes opcionais, os chamados alternativos. Segundo Ana Elizabeth Thé, os opcionais funcionariam como linhas internas, dentro dos bairros. "Elas seriam alimentadoras de outras rotas, conhecidas como radiais, ou seja, que fazem integração com as linhas troncais, que percorrem regiões mais distantes da cidade", explicou ela. "São sugestões, mas tudo só será estabelecido na licitação, que será preparada por uma empresa de consultoria técnica".

O presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sitoparn), Nivaldo Silva, discorda da mudança e afirma que a população de Natal será prejudicada caso isso venha a acontecer. "Nós não concordamos com essa mudança, até porque somos licitados para atender a população de Natal como um todo e não interbairros. Se isso acontecer, a população será a maior prejudicada, pois vai ficar dependente apenas dos ônibus, sem concorrência", disse.

A consultoria a que se refere a secretária também será escolhida mediante licitação. "Essa licitação deve sair ainda este mês, e até setembro já conheceremos a empresa que fará o edital. Ela terá até março do próximo ano para finalizar o certame. Ou seja, no próximo ano conheceremos quem é ou quais são as empresas que venceram a licitação dos transportes", previu.

Indenização

Atualmente sete empresas operam as linhas de transporte da capital através de permissão, dada pelo poder público desde 2003. Ontem o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município (Seturn) anunciou que pedirá na Justiça para que o município coloque uma condicional ao edital de licitação do transporte na capital. Eles querem que a prefeitura pague uma indenização de R$ 389 milhões para compensar os gastos que os empresários tiveram com melhorias nos ônibus urbanos.

Sobre esse assunto, a secretária Ana Elizabeth Thé declarou que não tem conhecimento de qualquer ação judicial nesse sentido. "Não chegou nada oficialmente aqui na Semob. Mas se chegar, levaremos ao nosso setor jurídico para avaliar o pedido de indenização. Se for justo, nós pagaremos", finalizou

Fonte: Diário de Natal