População fica sem ônibus
A Zona Norte de Natal, uma das regiões que mais cresce em termos populacionais, é atendida por 46 linhas de ônibus que trafegam por ruas extremamente esburacadas. Com as chuvas, os problemas aumentaram, chegando a prejudicar o sistema de transporte urbano. Nos loteamentos Brasil Novo, Jardim Brasil e Alto da Colina a impossibilidade de tráfego dos ônibus leva moradores a se deslocarem por cerca de dois quilômetros para chegar a um ponto de ônibus mais próximo.
Glória Dantas, moradora do loteamento Brasil Novo, descreveu as dificuldades de quem vive ali. "Minha filha já foi assaltada porque chega da faculdade tarde e precisa andar no escuro desde que o ônibus deixou de entrar na rua", comentou. Os problemas constatados na manhã de ontem pelo promotor de Justiça do Meio Ambiente, João Batista Machado Barbosa, servirão de embasamento para uma Ação Civil Pública (ACP).
A ACP poderá ser ajuizada nos próximos dias contra a Prefeitura de Natal. No cruzamento das avenidas Santa Rita de Cássia com a Moema Tinoco, no conjunto Pajuçara, além da cratera que havia sido coberta por metralha minutos antes da visita do promotor, foram identificados bueiros entupidos, lixo espalhado por diversos pontos e alguns túmulos do cemitério às margens da Avenida Moema Tinoco, estavam abertas.
"Nós vamos fazer contato e aguardar o retorno das secretarias municipais envolvidas nestes problemas. Vamos marcar uma reunião com a Semurb, Semsur, Semopi e Urbana para que os responsáveis justifiquem os motivos pelos quais a situação destas ruas chegou a este ponto", afirmou. Além disso, ele reiterou que irá cobrar uma atuação mais enérgica do Município e confirmou a possibilidade da abertura da ACP. "Sim, o governo municipal é passível da abertura de uma Ação Civil Pública".
A visita do promotor a essa área foi provocada por denúncia feita pelos moradores dos loteamentos Jardim Brasil, Alto da Colina e Brasil Novo, além de uma comissão do conjunto Pajuçara. Ele fez fotos do lixão atrás do cemitério, dos túmulos aberto e dos bueiros entupidos. A população fez duras reclamações a João Batista Machado e afirmaram que não aguentavam mais conviver com o descaso do poder municipal.
"Já fomos várias vezes ao gabinete da prefeita. O secretário adjunto da Semopi disse que a prefeitura não tinha dinheiro e não sabia quando as obras de drenagem e pavimentação das avenidas serão realizadas", disse Jeferson Andrade, vice-presidente do Conselho de Moradores do Jardim Brasil. Há cerca de 15 dias, os ônibus das linhas 75 e 79, que atendem a população do bairro Parque das Dunas e dos loteamento em questão, deixaram de circular na Avenida Santa Rita de Cássia.
O problema foi causado pelas chuvas que caíram no início do mês. A água acumulada no entrocamento das avenidas provocou a formação de uma cratera que impossibilitava a entrada dos ônibus. Ontem, um trator colocou metralha e barro retirado de uma área próxima ao local para diminuir a dificuldade de acesso às ruas do loteamento Brasil Novo. "Isso aqui é mais um paliativo. Nós queremos a drenagem da área. É a única solução", defendeu Jeferson.
O coordenador de disciplina da empresa Guanabara, João Batista, esteve presente durante a visita do promotor e afirmou que os ônibus não teriam condições de voltar a circular nas ruas dos loteamentos com o acesso no estado em que se encontrava ontem. "Mesmo com a colocação da metralha, há muita areia. É preciso deixar plano, sem a possibilidade de atolamento ou acidente", destacou. A Guanabara postou no portal da empresa, uma nota à população.
No comunicado, a empresa afirma que "está trocando, temporariamente, os veículos adaptados com elevadores que atendem a região por veículos convencionais. Tal medida se faz necessária devido às constantes quebras dos elevadores causadas pela lama, o que tem prejudicado a população". O secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Dâmocles Trinta, foi procurado para comentar o início das obras de drenagem e recuperação asfáltica das ruas dos loteamentos citados, mas não respondeu aos contatos telefônicos.
Fonte: Tribuna do Norte
Emanuel Amaral |
A ACP poderá ser ajuizada nos próximos dias contra a Prefeitura de Natal. No cruzamento das avenidas Santa Rita de Cássia com a Moema Tinoco, no conjunto Pajuçara, além da cratera que havia sido coberta por metralha minutos antes da visita do promotor, foram identificados bueiros entupidos, lixo espalhado por diversos pontos e alguns túmulos do cemitério às margens da Avenida Moema Tinoco, estavam abertas.
"Nós vamos fazer contato e aguardar o retorno das secretarias municipais envolvidas nestes problemas. Vamos marcar uma reunião com a Semurb, Semsur, Semopi e Urbana para que os responsáveis justifiquem os motivos pelos quais a situação destas ruas chegou a este ponto", afirmou. Além disso, ele reiterou que irá cobrar uma atuação mais enérgica do Município e confirmou a possibilidade da abertura da ACP. "Sim, o governo municipal é passível da abertura de uma Ação Civil Pública".
A visita do promotor a essa área foi provocada por denúncia feita pelos moradores dos loteamentos Jardim Brasil, Alto da Colina e Brasil Novo, além de uma comissão do conjunto Pajuçara. Ele fez fotos do lixão atrás do cemitério, dos túmulos aberto e dos bueiros entupidos. A população fez duras reclamações a João Batista Machado e afirmaram que não aguentavam mais conviver com o descaso do poder municipal.
"Já fomos várias vezes ao gabinete da prefeita. O secretário adjunto da Semopi disse que a prefeitura não tinha dinheiro e não sabia quando as obras de drenagem e pavimentação das avenidas serão realizadas", disse Jeferson Andrade, vice-presidente do Conselho de Moradores do Jardim Brasil. Há cerca de 15 dias, os ônibus das linhas 75 e 79, que atendem a população do bairro Parque das Dunas e dos loteamento em questão, deixaram de circular na Avenida Santa Rita de Cássia.
O problema foi causado pelas chuvas que caíram no início do mês. A água acumulada no entrocamento das avenidas provocou a formação de uma cratera que impossibilitava a entrada dos ônibus. Ontem, um trator colocou metralha e barro retirado de uma área próxima ao local para diminuir a dificuldade de acesso às ruas do loteamento Brasil Novo. "Isso aqui é mais um paliativo. Nós queremos a drenagem da área. É a única solução", defendeu Jeferson.
O coordenador de disciplina da empresa Guanabara, João Batista, esteve presente durante a visita do promotor e afirmou que os ônibus não teriam condições de voltar a circular nas ruas dos loteamentos com o acesso no estado em que se encontrava ontem. "Mesmo com a colocação da metralha, há muita areia. É preciso deixar plano, sem a possibilidade de atolamento ou acidente", destacou. A Guanabara postou no portal da empresa, uma nota à população.
No comunicado, a empresa afirma que "está trocando, temporariamente, os veículos adaptados com elevadores que atendem a região por veículos convencionais. Tal medida se faz necessária devido às constantes quebras dos elevadores causadas pela lama, o que tem prejudicado a população". O secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Dâmocles Trinta, foi procurado para comentar o início das obras de drenagem e recuperação asfáltica das ruas dos loteamentos citados, mas não respondeu aos contatos telefônicos.
Fonte: Tribuna do Norte
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