Passageiros esperam teto, assento e respeito
Wagner Lopes
Repórter da Tribuna do Norte
Os natalenses que dependem de ônibus nas quatro regiões de Natal têm em comum a mesma impressão sobre as paradas de ônibus da cidade: geralmente os pontos dos coletivos não possuem abrigo e onde a estrutura existe não é adequada para proteger do sol, ou mesmo da chuva. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu avenidas e ruas de toda a capital e constatou os problemas.
Na zona leste, a antiga rodoviária da Ribeira apresenta diversas paradas com a cobertura total ou parcialmente arrancadas, sem qualquer conforto para os cidadãos. Na zona sul o problema se repete. Mesmo em um bairro de classe média alta, como Candelária, vários pontos na avenida Prudente de Morais não contam com abrigos e os passageiros dependem da marquise dos comércios, ou se escondem do sol nas esquinas e postes.
No Cidade Satélite, muitas paradas se limitam à marcação com tinta vermelha nos postes. Na Salgado Filho, os pontos localizados nos dois sentidos da avenida, próximos ao Nordestão, possuem uma estrutura limitada para o grande número de pessoas que necessitam aguardar os coletivos no local. O problema da falta de espaço sob os abrigos se repete na avenida Bernardo Vieira, em frente ao Midway.
O quadro se agrava nas zonas Oeste e Norte da capital. Na mesma avenida Bernardo Vieira, próximo a Dix-Sept Rosado, diversos abrigos estão deteriorados e, por conta da altura do teto em relação aos passageiros e devido ao material quase transparente utilizado nas coberturas, acabam por não proteger adequadamente da chuva, nem do sol.
Na rua Manoel Miranda, Bom Pastor, um abrigo de alvenaria próximo ao cruzamento com o prolongamento da Antônio Basílio não oferece segurança e está se deteriorando. “Tem umas paradas da cidade que até estão regulares, mas esta aqui não tem como se proteger nem do sol, nem da chuva e quando chove é ainda pior”, lamenta a pensionista Cícera Menezes.
No caminho para a zona Norte, o ponto de ônibus urbanos e intermunicipais e também de opcionais, na Felizardo Moura, não oferece abrigo aos passageiros, nem baia com espaço suficiente para os veículos pararem, o que piora os congestionamento já comuns no local. A água de chuva se acumula e o fiscal Eduardo Berto é obrigado a manter um cone próximo ao posto de trabalho. “Se não jogam essa lama toda em cima da gente e dos passageiros que estão esperando”, lamenta.
No Pajuçara, o operador de VT Gregório da Silva Neto tem de usar um guarda-chuva para proteger o filho, enquanto aguarda os ônibus na avenida Moema Tinoco. “Por aqui nenhuma parada tem abrigo”, observa. Já na avenida das Fronteiras, o que restou das antigas estruturas foram pedaços de concreto utilizados hoje como bancos por quem espera os coletivos sob a proteção das cigarreiras do local.
Semob estuda alternativas
O diretor de Estudos e Projetos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Flávio Nóbrega, afirma que a Prefeitura vem estudando duas alternativas para melhorar a estrutura nos abrigos espalhados pela cidade. A primeira é firmar um aditivo com uma empresa que há aproximadamente sete anos mantém abrigos nos principais corredores de trânsito da cidade. Outra tentativa é de viabilizar a compra de 50 novos abrigos, em alvenaria, através de licitação.
Hoje a empresa terceirizada se responsabiliza, por força de contrato, a recuperar anualmente 112 abrigos pertencentes à Prefeitura, além dos que mantém com a exposição de publicidade. Uma pequena equipe da Semob também realiza manutenção em uma média de 10 paradas por mês. Devido à dificuldade com pessoal próprio (a equipe é a mesma que presta outros serviços na área de engenharia de tráfego), a expectativa é que um aditivo com a empresa possa ampliar e melhorar a manutenção dos abrigos.
“O aditivo pode fazer com que a empresa tome conta desses abrigos maiores, inclusive os que sofreram colisões, para que recuperem, vendam propagandas e, em contrapartida, a gente tenha esses abrigos estruturados”, aponta Flávio Nóbrega, afirmando que os da antiga rodoviária da Ribeira fariam parte desse aditivo. A secretária Ana Elizabete Thé ainda irá conversar com os representantes da empresa a respeito dessa possibilidade.
O diretor estima em torno de 1.500 pontos de ônibus espalhados pela cidade, dos quais menos de 700 possuem abrigos. “Em difícil ter abrigo em todos. O interessante é colocar no ponto onde se ‘espera’ os ônibus. Onde se ‘desce’ não é preciso”, considera. Ainda em 2011 a Semob deverá repassar uma nova relação de abrigos para manutenção por parte da empresa contratada, dentro dos 112 do contrato original.
“E além disso temos relocado alguns e conseguido recuperar outros”, declara Flávio Nóbrega, afirmando que por se tratar de período chuvoso a preocupação do Município é ainda maior.
Fonte: Tribuna do Norte
Repórter da Tribuna do Norte
Os natalenses que dependem de ônibus nas quatro regiões de Natal têm em comum a mesma impressão sobre as paradas de ônibus da cidade: geralmente os pontos dos coletivos não possuem abrigo e onde a estrutura existe não é adequada para proteger do sol, ou mesmo da chuva. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu avenidas e ruas de toda a capital e constatou os problemas.
Adriano AbreuEm Pajuçara, muitas paradas não possuem qualquer cobertura
A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) vem estudando possibilidades para ampliar e melhorar a manutenção e instalação dos abrigos, mas hoje a realidade está longe do ideal. “Infelizmente está uma situação caótica. As paradas não têm cobertura e você tem de ficar no sol, ou se escorando no poste de sustentação da parada. E como Natal está enfrentando um clima chuvoso, os passageiros têm de aguardar em meio à chuva”, reclama o rodoviário Valdir Lucas de Brito.Na zona leste, a antiga rodoviária da Ribeira apresenta diversas paradas com a cobertura total ou parcialmente arrancadas, sem qualquer conforto para os cidadãos. Na zona sul o problema se repete. Mesmo em um bairro de classe média alta, como Candelária, vários pontos na avenida Prudente de Morais não contam com abrigos e os passageiros dependem da marquise dos comércios, ou se escondem do sol nas esquinas e postes.
No Cidade Satélite, muitas paradas se limitam à marcação com tinta vermelha nos postes. Na Salgado Filho, os pontos localizados nos dois sentidos da avenida, próximos ao Nordestão, possuem uma estrutura limitada para o grande número de pessoas que necessitam aguardar os coletivos no local. O problema da falta de espaço sob os abrigos se repete na avenida Bernardo Vieira, em frente ao Midway.
O quadro se agrava nas zonas Oeste e Norte da capital. Na mesma avenida Bernardo Vieira, próximo a Dix-Sept Rosado, diversos abrigos estão deteriorados e, por conta da altura do teto em relação aos passageiros e devido ao material quase transparente utilizado nas coberturas, acabam por não proteger adequadamente da chuva, nem do sol.
Na rua Manoel Miranda, Bom Pastor, um abrigo de alvenaria próximo ao cruzamento com o prolongamento da Antônio Basílio não oferece segurança e está se deteriorando. “Tem umas paradas da cidade que até estão regulares, mas esta aqui não tem como se proteger nem do sol, nem da chuva e quando chove é ainda pior”, lamenta a pensionista Cícera Menezes.
No caminho para a zona Norte, o ponto de ônibus urbanos e intermunicipais e também de opcionais, na Felizardo Moura, não oferece abrigo aos passageiros, nem baia com espaço suficiente para os veículos pararem, o que piora os congestionamento já comuns no local. A água de chuva se acumula e o fiscal Eduardo Berto é obrigado a manter um cone próximo ao posto de trabalho. “Se não jogam essa lama toda em cima da gente e dos passageiros que estão esperando”, lamenta.
No Pajuçara, o operador de VT Gregório da Silva Neto tem de usar um guarda-chuva para proteger o filho, enquanto aguarda os ônibus na avenida Moema Tinoco. “Por aqui nenhuma parada tem abrigo”, observa. Já na avenida das Fronteiras, o que restou das antigas estruturas foram pedaços de concreto utilizados hoje como bancos por quem espera os coletivos sob a proteção das cigarreiras do local.
Semob estuda alternativas
O diretor de Estudos e Projetos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Flávio Nóbrega, afirma que a Prefeitura vem estudando duas alternativas para melhorar a estrutura nos abrigos espalhados pela cidade. A primeira é firmar um aditivo com uma empresa que há aproximadamente sete anos mantém abrigos nos principais corredores de trânsito da cidade. Outra tentativa é de viabilizar a compra de 50 novos abrigos, em alvenaria, através de licitação.
Hoje a empresa terceirizada se responsabiliza, por força de contrato, a recuperar anualmente 112 abrigos pertencentes à Prefeitura, além dos que mantém com a exposição de publicidade. Uma pequena equipe da Semob também realiza manutenção em uma média de 10 paradas por mês. Devido à dificuldade com pessoal próprio (a equipe é a mesma que presta outros serviços na área de engenharia de tráfego), a expectativa é que um aditivo com a empresa possa ampliar e melhorar a manutenção dos abrigos.
“O aditivo pode fazer com que a empresa tome conta desses abrigos maiores, inclusive os que sofreram colisões, para que recuperem, vendam propagandas e, em contrapartida, a gente tenha esses abrigos estruturados”, aponta Flávio Nóbrega, afirmando que os da antiga rodoviária da Ribeira fariam parte desse aditivo. A secretária Ana Elizabete Thé ainda irá conversar com os representantes da empresa a respeito dessa possibilidade.
O diretor estima em torno de 1.500 pontos de ônibus espalhados pela cidade, dos quais menos de 700 possuem abrigos. “Em difícil ter abrigo em todos. O interessante é colocar no ponto onde se ‘espera’ os ônibus. Onde se ‘desce’ não é preciso”, considera. Ainda em 2011 a Semob deverá repassar uma nova relação de abrigos para manutenção por parte da empresa contratada, dentro dos 112 do contrato original.
“E além disso temos relocado alguns e conseguido recuperar outros”, declara Flávio Nóbrega, afirmando que por se tratar de período chuvoso a preocupação do Município é ainda maior.
Fonte: Tribuna do Norte
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